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situação como essa, celebrar alianças. Mas existem

razões fortes para isso: a empresa pode desejar ter

acesso a novas competências, novos mercados, no-

vas tecnologias, ou a algum recurso específico que a

auxilie a manter sua vantagem competitiva ao longo

do tempo. Alguns exemplos disso podem ser dados

pelas inúmeras alianças que a IBM realizou com

clientes-chave que estivessem desenvolvendo

softwares

especializados, a aliança da firma de

rolamentos sueca SKF com a francesa SDM, para

desenvolver rolamentos eletromagnéticos, alianças

japonesas com empresas vietnamitas e outras. O

ponto principal é que estas empresas utilizam essas

alianças como meio para contruir e desenvolver áreas

de especialidade através do aprendizado de novas

tecnologias ou do acesso a mercados anteriormente

difíceis de ser penetrados.

Alcançar

Um outro motivo para a celebração de uma

aliança é alcançar a concorrência. Este caso ocorre

em uma situação em que o negócio em questão

ainda é fundamental para a empresa, mas, por outro

lado, dentro do portfolio da empresa ele tem um

papel secundário. A função da aliança estratégica

neste caso deve ser a de fortalecer a posição

competitiva da firma, auxiliando-a a se tomar líder.

Esta situação pode ser exemplificada pela aliança

da SAAB Automóveis com a General Motors. Do

ponto-de-vista da SAAB, sem a aliança eles

provavelmente teriam que largar o negócio de

automóveis.

Permanecer

Quando um negócio tem um papel secundário

dentro do portfolio de uma empresa, mas é líder

dentro do seu segmento de indústria, a principal razão

para uma aliança é permanecer no mercado. A

aliança pode ser utilizada como um meio de se

maximizar a posição da firma nesse negócio, dada

a atenção limitada da corporação como um todo a

um negócio secundário. A aliança da Ericsson com

a General Electric em 1989 no campo de rádio

celular é um bom exemplo desta situação. O

negócio era mais periférico para a GE do que para

a Ericsson, mas esta aliança estratégica, que resultou

em um negócio de US$ 1 bi por ano, ainda assim

fazia sentido para a GE, pois criou mais valor para

a empresa do que se o negócio tivesse sido vendido.

Para a Ericsson esta era uma oportunidade única,

devido à liderança que a empresa ocupava neste

segmento, de permanecer no negócio ao mesmo

tempo em que aumen t ava a sua vantagem

competitiva, particularmente no mercado dos EUA.

Reestruturar

Se a empresa não é líder dentro de um

determinado mercado e o negócio é secundário dentro

de seu portfolio, a principal razão para uma aliança

normalmente é reestruturar o negócio. Neste caso a

reestruturação pode chegar ao ponto de sair do negócio.

Um exemplo da utilização da propriedade conjunta

para reestruturar o negócio é o caso da empresa sueca

Bulten AB, do Kanthal Hóganás Group.

Embora fosse uma peça importante do port-

folio do grupo Kanthal, a Bulten, fabricante de

fixadores, respondia somente por uma pequena

parcela da lucratividade global do grupo e, no início

da década de 1980, a situação estava piorando. A

fim de superar condições de mercado desfavoráveis,

aumentar a participação de mercado, racionalizar

a produção e injetar capital na empresa, o grupo

Kanthal vendeu participação na empresa para vários

outros fabricantes escandinavos e conseguiu

regularizar a situação. No fim da décado de 80, e

isto é muito importante, a Kanthal conseguiu

comprar de volta as cotas de participação vendidas

e operar a firma novamente como uma subsidiária.

Tipos de Alianças Estratégicas

Uma importante consideração quando da

formação de uma aliança estratégica é o tipo de

relação que os "pais" desejam ter. Isto está dire-

tamente relacionado com recursos disponíveis:

físicos, organizacionais e humanos.