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grande parte no fato de que, desde o início, a idéia

estava comprada pela alta administração das duas

empresas. De fato, um dos principais

stakeholders

externos, a Sumitomo Corporarion, atuou como um

catalisador inicial, auxiliando ambos os lados a ver

a aliança pelos aspectos positivos.

Mais considerações políticas

Da mesma forma que a fase inicial, a fase

intensiva também possui considerações políticas

específicas. Por acaso já está bastante claro

quem

deve fazer

o quê, quando?

Neste estágio,

precisamos fazer com que todos os

stakeholders

internos, não somente os principais, tenham

comp r ado a idéia da aliança e estejam

comprometidos, e até estusiastas, a seu repeito.

Gerentes e outros func i oná r i os, como

pesquisadores nas várias funções operacionais, que

possam desempenhar papéis importantes na aliança

estratégica, são as pessoas-chave a serem consi-

deradas a esta altura. As perguntas a serem feitas

são as seguintes:

•A idéia da aliança foi suficientemente explicada

para toda a organização?

•Ela foi apresentada com detalhes suficientes para

que todos os envolvidos consigam prever suas

responsabilidades futuras e encará-las como

oportunidades?

•A execução conjunta de atividades e assuntos

como segurança no emprego já foram discutidos e

planejados, de forma a evitar que a aliança seja

vista como uma ameaça?

•Os principais especialistas estão motivados a

executar as suas funções de forma cooperativa?

•O pessoal operacional está capacitado a objetivar

e simplificar os contatos de trabalho entre os dois

parceiros?

A fim de que toda a organização esteja

preparada para realizar as tarefas rapidamente

durante a fase de implementação, todos devem

estar antecipadamente conscientes do conceito. Isso

pode diminuir a possibilidade de rejeição mais tarde,

quando detentores de poder poderão causar muito

prejuízo se sentirem que foram deixados de fora.

Um fato interessante demonstrado em um

estudo realizado recentemente sobre alianças EUA-

Japão é que os parceiros japoneses, na maioria das

vezes, eram mais eficazes em informar e arre-

gimentar o apoio de seu pessoal em estágios iniciais

do processo

(4)

. Talvez esse sucesso possa ser atri-

buído ao conhecido processo japonês de obtenção

de consenso, o

nemawashi,

que, literalmente,

significa "regar as raízes".

Por outro lado, é claro que aspectos

confidenciais de uma transação confidencial podem

ser prejudicados se muita gente for informada muito

cedo. Em alguns casos, pode ser simplesmente

impossível disseminar os planos da aliança antes

de eles se transformarem em fato consumado. A

mega-aliança entre a firma sueca ASEA e a suíça

Brown Boveri, celebrada em 1987 e que resultou

na ABB, é um exemplo típico da impossibilidade de

informar muita gente. Somente alguns poucos

executivos do primeiro escalão iniciaram e

implementaram toda a transação, devido ao temor

de transações privilegiadas com as ações das duas

companhias na bolsa.

Sem dúvida, esse segredo criou desafios

organizacionais pós-aliança que poderiam, até certo

ponto, ter sido atenuados face a um processo mais

gradual e a uma maior disseminação da informação

para as duas organizações. Nossa experiência diz,

no entanto, que a disseminação gradual da

informação a partir dos primeiros estágios é feita

em casos onde o impacto sobre o mercado de ações

será pequeno.

O plano de negócios

É de extrema importância que ambos os lados

indentifiquem e concordem sobre como "co-

ordenar" e adaptar as atividades que sejam

decisivas para o sucesso da aliança. Os resultados

deveriam ser formalizados em um plano de negócios

que forneça as linhas mestras de como a aliança

irá se tornar competitiva. Por exemplo, se uma

aliança estratégica é direcionada para o com-

partilhamento de P&D, as altas administrações das

duas empresas devem se assegurar que a integração

operacional ocorra dentro dos

dois

setores de P&D.

Isso deve estar explicitado no plano de negócios.

Escala, alcance e sinergia de poder de mercado

não acontecem automaticamente, necessitando de

aprovação e diretrizes explícitas. Devemos, aqui,

fazer uma ressalva que parece óbvia, o plano de

negócios deve fazer sentido para ambas as partes.

Deixar um dos parceiros com um entendimento