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Conforme dito anteriormente, a aplicação de

recursos pode ser mínima ou abundante. Mas nós

também temos que falar sobre as retiradas. O que

ocorre com os recursos gerados pela aliança? Como

esses recursos serão divididos entre entre os

parceiros? Como esses recursos irão influenciar a

aliança?

Os desejos dos parceiros no que diz respeito

à injeção e retirada de recursos são os determinantes

básicos do tipo de aliança estratégica em que a firma

irá entrar. Por exemplo, duas empresas podem

desejar colocar um mínimo de recursos , talvez de

forma temporária, e retirar todos os recursos gera-

dos (aprendizado,

know-how,

equipamentos, lucros

etc). Esta é uma aliança estratégica

ad hoc,

isto é,

feita para um fim determinado por um tempo

determinado, e exemplos dessa situação são os

contratos entre armadores (proprietários de navios)

para

arrendar seus navios de forma deter-

minada por um período de tempo deter-

minado(?).

Em uma aliança de consórcio, os parceiros

estão mais dispostos a injetar recursos do que no

caso

ad hoc,

mas os recursos gerados ainda são

distribuídos entre os parceiros. Este pode ser o caso

de duas firmas que compartilhem atividades de

pesquisa e desenvolvimento. Cada parceiro coloca

sua melhor tecnologia, cientistas etc., mas os

benefícios são revertidos para cada um deles depois

que as descobertas científicas tenham (presumi-

velmente) sido feitas.

Continuando a nos mover ao longo desse

con-

tinuum,

teremos as alianças em que os pais estão

injetando poucos recursos, mas os recursos gerados,

em sua maior parte, são retidos na aliança. Os únicos

recursos gerados que são devolvidos aos parceiros

são de ordem financeira, como dividendos e

royal-

ties.

Empresas que criam uma aliança estratégica

para penetrar mercados estrangeiros muitas vezes

fazem uso desse tipo de aliança, que também pode

ser encontrada em projetos de construção de

plataforma de petróleo, com tarefas previsíveis, de

curto prazo e bem definidas.

O oposto à aliança

ad hoc

no espectro é a

joint venture

totalmente desenvolvida. Neste caso,

recursos são injetados em abundância e a maior

parte dos recursos gerados são reinvestidos na

própria aliança. Um exemplo é a cooperação entre

parceiros para desenvolver um tipo totalmente novo

de negócio, como no caso das firmas suecas AGA

e ESAB que juntaram os seus recursos na indústria

de soldas para produzir e comercializar equipa-

mentos de solda a gás através de uma nova firma

que se chamou GCE, obtendo, dessa forma, benefí-

cios de aumento de escala e alcance comercial.

O processo de formação

Existem duas fases no processo de formação

de uma aliança estratégica: uma fase inicial e uma

fase mais intensiva. Ambas as fases lidam com

considerações políticas e analíticas de naturezas

diversas e que devem ser administradas em

momentos distintos no processo.

Considerações analíticas

Fase Inicial

A fase analítica inicial da formação de uma

aliança estratégica diz respeito à análise da união

com diferentes parceiros possíveis, sob diversos

ângulos, sobre o potencial de cooperação estratégica

de cada um. A análise deveria prover respostas a

perguntas como as seguintes:

• Quais são os principais benefícios, facilmente

perceptíveis, que esta aliança irá trazer para cada

um dos parceiros?

• Como as duas empresas em questão poderão

complementar uma à outra, criando pontos fortes

comuns das quais ambas poderão se beneficiar?

• As capacidades ofensivas dos parceiros podem

ser combinadas, ou este é um caso em que "doente

se junta a doente"?

• Que tipo de aprendizado pode ser trocado entre

as firmas?