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Numerosas configurações podem resultar da

combinação das diversas características das firmas

associadas. Por exemplo, duas empresas podem unir

os seus esforços de P&D de forma a conseguir

massa crítica. Podem também compartilhar

sistemas de distribuição, desenvolver atividades

conjuntas de forças de vendas, ou combinar linhas

de produtos. As combinações podem ser feitas com

firmas que estejam situadas antes ou depois na

cadeia produtiva. O principal, porém, é que as

intenções estratégicas de cada parceiro sejam

satisfeitas e que a aliança produza benefícios para

ambos.

Considerações políticas

É claro que alianças e relacionamentos não

são criados no vácuo. Quando uma família cria um

f i l ho, as dec i sões não a f e t am as pessoas

individualmente. Assim é, também, para as alianças

estratégicas. O que parece ser uma boa idéia para

o CEO pode pa r ecer uma ameaça para os

acionistas. Ou o CEO pode hesitar em procurar

uma aliança se sentir que seus poderes serão

dimuídos. Mesmo em posições mais baixas na

hierarquia, os funcionários podem temer a re-

estruturação, perda de postos de trabalho, ou um

stress

cultural adicional.

Todas estas considerações dizem respeito à

parte política da formação de uma aliança.

"Stakeholders"*

Internos

O mais importante, neste estágio, é conseguir

o apoio dos

stakeholders

internos o mais rapi-

damente possível

2

. No caso, são as pessoas dentro

da empresa que podem fazer a aliança dar certo ou

não. Identificar estas pessoas pode ser tão simples

quanto conversar com os chefes dos departamentos,

os representantes de pessoal ou, até mesmo, ficar

com os ouvidos abertos aos boatos. Conseguir o

apoio delas é uma outra história. Para isso,

know-

how

de gerenciamento de pessoas, conhecimento

do comportamento humano em grupos e tomada

de decisão individual são de primordial importância.

Através do entendimento do comportamento e dos

modos de agir dos

stakeholders

internos e da

obtenção do conhecimento de como lidar com

coalisões internas, a administração estará pronta

para começar o processo da forma correta e con-

ceder à aliança um início de vida adequado.

"Stakeholders" Externos

Os

stakeholders

externos são igualmente

importantes e também devem ser incluídos no

processo desde o seu início. De fato, este grupo

pode pressionar a organização a ponto de impedir a

concretização da aliança. Os

stakeholders

externos

críticos podem ser os proprietários, membros do

conselho, bancos, sindicatos, ou o governo. Algumas

questões relevantes a serem feitas a respeito destes

grupos são as seguintes:

•Qual será o efeito da aliança na reputação da

empresa e qual será a resposta prevista do mercado

de ações?

•Os grupos de controle estão convencidos que esta

aliança é desejável do ponto de vista dos acionistas?

•Como os consumidores, fornecedores,

parceiros atuais, financiadores e competidores irão

reagir?

Obviamente, um grande esforço deve ser feito

no sentido de assegurar que os principais

stakeholders

(internos e externos) aceitem e

promovam a idéia de uma aliança estratégica. A

tarefa normalmente se torna mais fácil se existirem

experiências prévias positivas, antigos contatos e

boa reputação. Mas o principal objetivo dos esforços

da empresa, neste estágio, deve ser o de conseguir

fazer com que as pessoas e grupos-chave da

organização percebam que a aliança faz sentido.

Se estes

stakeholders,

ao menos tacitamente,

derem as suas bênçãos para a empreitada nos

estágios iniciais, as chances de uma implementação

tranqüila aumentam. De modo contrário, se houver

resistência ativa ao projeto desde o início, será pro-

vavelmente mais sábio abandonar a idéia e evitar o

desperdício de grandes quantidades de tempo e

energia preciosos.

Um bom exemplo de aliança na qual ambos

os parceiros consegu i r am a aprovação dos

stakeholders

desde o início é a FiatGeotech-Hitachi

Construction Machinery, uma

joint venture

no setor

de escavadeiras hidráulicas. A aliança representa

a união de duas grandes firmas internacionais, a

Fiat S.p.A., da Itália, e a Hitachi Construction Ma-

chinery, do Japão, em um negócio de competição

acirrada

(3)

. O sucesso da aliança se baseia em