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parcial da situação poderá conduzir a atitudes

isoladas, em detrimento da aliança.

Algumas perguntas que devem ser respon-

didas quando do desenvolvimento do plano de

negócios são:

•Quais os recursos relevantes disponíveis de cada

parceiro no curto e no longo prazo?

•Quais as expectativas dos parceiros no que diz

respeito a cooperação de longo prazo?

•Como esta cooperação pode evoluir harmo-

niosamente no tempo, sem conflitar com outros

interesses estratégicos de cada um dos parceiros?

A Nippon Steel é o exemplo de uma firma

que dava grande atenção aos aspectos analíticos

antes de celebrar uma aliança bastante improvável

com a IBM. Devido ao declínio da indústria de aço

ocorrido no início da década de 1980, a empresa

tomou a decisão de se diversificar em novas áreas

de negócio, sendo a indústria de sistemas de

informação, em grande crescimento, uma delas.

Esta decisão ousada resultou em várias alianças,

anunciadas ao fim de 1988, uma das quais era a

a NS& I, uma pequena

joint venture

com a IBM.

A Nippon Steel contatou diretamente a IBM com a

proposta de formar essa aliança, mas durante o ano

que precedeu a formalização do convite, a Nippon

Steel conduziu estudos muito profundos sobre as

operações e as possibilidades de casamento

es t r a t ég i co. Até o presente momento, a

implementação da aliança parece estar indo bem.

O time

Vamos voltar às considerações do suporte

necessário neste estágio para quem está realizando

os trabalhos. Esta pode ser a parte mais importante

das negociações da aliança. Uma firma em vias de

realizar uma aliança deve pensar cuidadosamente

sobre as implicações humanas do assunto, antes de

designar um time para realizar as tarefas. A

composição do time deve refletir o objetivo

estratégico que a empresa deseja alcançar com a

aliança. A experiência mostra que seis categorias

diferentes de atores principais estão normalmente

presentes na composição do time: o campeão do

empreendimento, o tomador de decisões, o fechador

de negócios, o tecnocrata, o homem de contatos e

o implementador

(5)

. Embora bastante auto-

explicativas, estas categorias devem ser bem com-

preendidas, pois estas pessoas irão exercer grande

influência sobre o sucesso ou fracasso da aliança.

Esta foi a composição que pode ser observada,

até certo ponto, em um estudo sobre alianças de

firmas escandinavas. Se o propósito da aliança fosse

expandir as operações geograficamente, o time

gerencial seria balanceado de forma a incluir

pessoas empreendedoras, analíticas e políticas,

focalizadas no entendimento do plano de negócios

subjacente à aliança. Por outro lado, se o objetivo

fosse estabelecer ligação com um "parceiro

vencedor", a composição do time penderia mais

para competências políticas e empreendedoras

6

.

Uma das principais coisas a se ter em mente

durante o processo de formação é que o geren-

ciamento das pessoas e das suas competências em

ambientes multiculturais e multinacionais terá um

grande impacto sobre as operações, a eficácia da

aliança e sobre os parceiros, no longo prazo. O

sucesso das alianças é formado pelas pessoas,

escolher os indivíduos corretos para as posições-

chave é um passo vital no processo. E bastante

evidente que os recursos humanos compõem um

recurso estratégico que deve ser gerenciado de uma

maneira clara e pró-ativa. Pessoas representam

competências críticas que devem ser identificadas

e cultivadas

(7)

. As funções estratégicas de geren-

ciamento que digam respeito aos recursos humanos

devem ser coordenadas, e um sistema de comu-

nicação comum deve ser estabelecido para asse-

gurar o sucesso da aliança. Embora, como Ohmac

saliente, não exista muita literatura sobre relações

interempresas

(8)

, existem muitas, muitas fontes dis-

poníveis para se entender o gerenciamento de pes-

soas em alianças estratégicas.

Nosso melhor conselho ao se lidar com as

pessoas na empresa como um todo, e uma boa dica

para o sucesso da aliança, é permanecer flexível.

Isto é ainda mais verdade para empresas que

desejem atingir os mercados, agora abertos, mas

ainda instáveis, da Europa oriental

(9)

. Embora exista

a necessidade de forte comprometimento, há o risco

óbvio de se fechar em redes que se tornem irre-

levantes do dia para a noite, devido a mudanças

políticas. Monitorar o ambiente durante o processo

de formação é um grande desafio para uma aliança

em potencial, já que o que se quer é contrair um

plano que será tão útil no fim do processo como era

no começo.