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Quando os parceiros não estiverem dispostos

a aprender um com o outro, podem estar pondo em

jogo o sucesso da aliança. Eles devem desenvolver

e fortalecer sua vontade de aprender, de forma a

assegurar que a competência da aliança é consistente

e que ela venha a agregar valor para ambos.

Empresas devem ser cautelosas para não se

tornarem dependentes de um único indivíduo, ou

grupo, que seja a força propulsora atrás do sucesso

de um produto, idéia, ou aliança estratégica. Isto

inclui estar atento a gerentes que se tornem

exageradamente orgulhosos de seus papéis a ponto

de rejeitar, inconscientemente, a participação de

outros membros da organização. E responsabilidade

da alta administração das firmas parentes se

certificar de que nenhuma pessoa, individualmente,

monopo l i ze uma parte qualquer da aliança

estratégica.

Ao celebrar uma aliança estratégica, as

empresas parceiras devem abrir mão de algo. Esse

algo pode ser tecnologias, mercados etc. Justamente'

porque a possibilidade de fracasso existe, alguns

analistas irão sugerir a criação daquilo que nós

chamamos de "caixa preta". Esta "caixa preta"

contém itens tangíveis e intangíveis que mantêm a

firma em uma melhor posição de barganha, ou

garantem que a empresa não estará totalmente

falida e fora do negócio se a aliança fracassar.

Diferenças culturais têm um papel vital na

formação e no gerenciamento de alianças estra-

tégicas e não podem ser admitidas como empecilhos

ao atingimento dos objetivos da aliança. Embora

ambos os lados devam estar atentos a essas dife-

renças, elas devem estar apoiando a aliança e não

minandoa.

Alianças estratégicas devem ser vistas como

um esforço conjunto. Se ela não puder ser vista por

esse ângulo, então o empreendimento estará

condenado. Algumas questões que poderão

aparecer são:

u Você e seu parceiro realmente estão motivados

a cooperar?

u Você e seu parceiro podem pagar o preço que

essa cooperação irá exigir?

u Você e seu parceiro confiam um no outro?

u Você tomou alguns cuidados pré-aliança para

garantir que as políticas da sua empresa e da de

seu parceiro contenham valores comuns?

Os principais pontos aqui são confiança e

comprometimento e, embora não sejam condições

suficientes para o sucesso a longo prazo, certa-

mente são condições necessárias para tal.

Conclusão

O processo de formação não termina aqui.

Os enfoques parte racionais e parte políticos

discutidos aqui devem ser vistos como um processo

contínuo. O processo de formação da Figura 3, de

certa forma, ilustra e sintetiza um enfoque gerencial

"ideal" da aliança estratégica. Talvez o enfoque

dinâmico verdadeiro seja de tal forma que estas

considerações consistam somente na primeira fase

de um processo contínuo de reinvestigação de

fundamentos políticos e analíticos da aliança, à

medida em que ela evolui.

Misturado a todo este processo está o conceito

de aprendizado. Quanto mais alianças uma firma

celebrar, melhor preparada ela estará para fazê-lo.

Alguns dos times gerenciais em firmas parentais

enfatizam a necessidade de se transformar os

processos de avaliação da aprovação dos

stake-

holders,

do casamento estratégico, do suporte

interno e do conceito de negócios em processos

contínuos. Um bom exemplo disto é a mudança de

foco que houve na

joint venture

entre a Mölnlycke

Consumer Products of Sweden e a Scott Paper

(Reino Unido) Ltda., filial da Scott Paper Interna-

tional, de lenços de papel para uma linha mais

completa de produtos de saúde e higiene pessoal,

mudança essa que foi coroada com a aquisição da

empresa francesa Peaudouce, por parte da firma

sueca. Essa mudança resultou em mudanças no

comportamento dos

stakeholders,

no suporte

interno de ambas as firmas e no conceito do negócio.

É necessário mais do que sorte para se conseguir

uma aliança bem sucedida. Podemos citar os bons

conselhos dos dirigentes da Ford e da Mazda, quando

perguntados sobre os seus critérios de sucesso

(10)

:

1. Assegure-se de que a alta administração esteja

envolvida;

2. Encontre-se com o parceiro freqüentemente e

informalmente;

3. Utilize-se de um conselheiro externo;

4. Mantenha a sua independência;

5. Não permita a ocorrência de nenhum projeto em

que uma das partes seja sacrificada;

6. Componha um comitê de avaliação que esteja