Janeiro_2009 - page 70

Mesa-
redonda
R e v i s t a d a E S P M –
janeiro
/
fevereiro
de
2009
70
tem outras pessoas que não têm
esta capacidade: eles aplicam a
regra a todos, e acabou o assun-
to. O problema está na formação
de líderes.
Ricardo
– Aí, estamos todos de
acordo. Dá seis a zero a favor do
humanista, se o ponto de vista foi
aobtençãodemelhores resultados
a longo prazo.
Carlos Salles
– Exatamente, o
líder tem de tratar as pessoas com
humanidade, mas há determina-
dosmomentos emquealguém tem
de bater namesa e dizer “acabou
a brincadeira”.
Alex Periscinoto
– No caso
das agências e da publicidade,
já bateram na mesa, e bateram
firme. Aparecendo um Sorrel
que sabe somar uma fortuna, no
mundo todo, para ter mais lucro,
melhor custo e benefício etc.
Isso chegou para valer: ninguém
mais pode ficar pequeno, não
tem chance, se ficar pequeno.
Na propaganda, pode até não ser
criativo, como a maioria não é,
mas esta é a regra do jogo e que
está valendo agora.
Carlos Salles
–O líder é apes-
soacomacapacidadededesenhar
o plano de batalha, dizer para
onde se vai; depois, ele tem de
saber recrutar, desenvolver eatrair
talentos. Se achar que tecnologia
resolve tudo, está enganado, tem
de trabalhar com talentos;motivar,
inspirar, ele temde fazer comque
aspessoas tenhamo sentimentode
participar. Quando o líder conse-
gue fazer isso, ele vai em frente.
OBrasil deve a sua indústria aero-
náutica– terceiramaior fabricante
de aviões do mundo – a um líder
visionárioe inspirador: oCasemiro
MontenegroFilho, quecriouo ITA;
se não fosse o ITA, oOzires seria
engenheiro e não seria presidente
daEmbraer. Foi o ITA– láatrás, em
1947 – quando o Governo brasi-
leiro achavaque erabesteira fazer
Escola de Engenharia, e dizendo
“o dinheiro da Aeronáutica não
foi feito para educar Civil”, uma
burrice sem limites porque ali não
se era civil ou militar, mas era o
Brasil que estava lá.O ITA tornou-
se um celeiro incomparável de
talentos paraoBrasil por causade
um visionário, lá atrás, que criou
tudo.Achoque esses líderes éque
fazem a diferença e assim foi e
será a vida inteira.
Ricardo
– Uma vez, eu estava
em Paris, visitando a Feira do Le
Bourget, acabei sendo convidado
para um jantar em que conheci
o Comte. Rolim. Sentamo-nos à
mesma mesa, éramos uns cinco
}
O JorgeGerdau disse uma coisa
interessante:
{
omundo, hoje, divide-se entre
empresas sem dono e empresas com dono
|
.
~
}
Pegaram 50 executivos com este
perfil e fizeram a diferença.
~
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