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Revista daESPM – Julho/Agosto de 2002
para uma determinada empresa.
Principalmente, precisa reconhecer
que o seu produto ou serviço é algo
absolutamente relevante. Se tomar-
moscuidado,noplanodagestão, com
a adição de valor a todos os públicos
da empresa, seus
stakeholders
, tere-
mos como resposta um cuidado por
parte dessesmesmos
stakeholders
em
adicionarvaloraonegócioda empre-
sa que representamos. Assim, émais
oumenos natural que a gente espere
essaatitude eque essa sejaa ética re-
guladora dos negócios nesse novo
ambientedegestãodas empresasque
está se delineando.
Guilherme–Semdúvida.Paraque
issoresultenumacompetitividadesus-
tentável da empresa, numa capacida-
de de diferenciação, é fundamental
queaéticapermeie suasrelaçõescom
os seus diferentes públicos. Se ela
manifestaruma incoerênciaexpressi-
vaao lidar com seusdiferentespúbli-
cos, vai pagar umpreço significativo.
Nãohánadamelhorparaalguémque
éclienteeadmiraumaempresaouvir
um funcionárioouum fornecedordes-
sa empresa dar umdepoimento posi-
tivo sobreela. Isso sóreforçaumade-
cisão tomada lá atrás e ajuda a cons-
truira lealdadedoconsumidor.Todos
os cidadãos estão questionandomais
asempresas,por isso,antesdelasalar-
dearem seu comportamento social-
menteresponsável,precisam fazerseu
dever de casa.
SergioEsteves –Essa éuma sínte-
semuito importante,porváriosmoti-
vos. Mas quero apenas ressaltar a
questão das empresas se anunciarem
como socialmente responsáveis.Toda
a minha experiência nessa área da
sustentabilidade eda responsabilida-
de corporativamostraque esse não é
umbom argumento de publicidade e
propaganda. Dizer, aindaque discre-
tamente, eu sou o máximo, vejam o
quanto eu realizo pelo social, é algo
quepotencialmente trabalhacontraas
empresas. Entretanto, partilhar com
a sociedade emgeral as boas práticas
no campo social faz parte do exercí-
cio do papel social das empresas. As
boas práticas são inspiradoras para
outrasempresaseparadiferentes seg-
mentos sociais. Como então resolver
essa equação? Na minha opinião, ela