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R E V I S T A D A E S P M –
J U L H O
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A G O S T O
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que permanece fechado em si
mesmo.
RevistadaESPM
–Esseéummo-
delo para o futuro ou já está
acontecendo?
ELAINE
– Para mim, ele já aconte-
ce. Eu achoque auniversidade tem
que chegar para o aluno e dizer:
“Amigo, são essas as suas possibili-
dades no mercado de trabalho. Se
vocêquer estarno
core
deumaem-
presa,vocêvai terquesermuitocom-
petitivo.”ComoaAdrianaestava fa-
lando. Você tem que ter formação,
falar idiomas, trabalhar sobpressão,
levar trabalhoparacasa,porqueessa
é a característica desse quadrante.
Então, isso aqui é emprego formal.
Primeiroquadrante. “Porém, amigo,
vocênãoprecisanecessariamente ter
emprego formal para ter trabalho e
renda.Você pode, por exemplo, ser
um fornecedordaorganização,pres-
tandoum serviçoquevocêgostade
fazer. Ou pode ser um profissional
interino – vocêpodeprestar serviço
para várias empresas, ou ter uma
empresa terceirizadaqueajudeasua
organização.”Quais são as diferen-
ças de competências? Se eu quero
estar aqui, preciso ter tudooqueeu
falei; sequero ter aminha empresa,
ser um empreendedor, vou precisar
assumir riscos, ter algum capital de
giro, ter um tempo de investimento
– eunão tenhoum retorno acelera-
dodessecapital; vouprecisar traba-
lhar muito. Não que não trabalhe
muito aqui também nos outros
quadrantes,masaquivou terquesair
paraa rua,vender, fazercontatopor-
quenão tenhoochequeno final do
mês como tenhoaqui.Oquequero
mostrar é que não há uma posição
queauniversidadedevaassumir,di-
zendo: “émelhorvocê fazer isso,ou
aquilo”. Mas dizer: “Existem essas
possibilidades.Asdiferençasdeque
vocêprecisarápara cadauma estão
aqui.Aopçãoé sua”.
tambémdevesse,emmódulos sepa-
rados, seguir essemodelo: este é o
core
da faculdade: passar conheci-
mentos técnicosdeengenharia...
Revista da ESPM
– Aliás, vocês já
estãoconvidadasa fazerumapales-
tra, naESPM, sobreesseassunto.
ADRIANA
– Como da área comer-
cial, demarketing, já ficopensando
numa grande oportunidade: uma
empresa, como a nossa, que possa
fazer esse papel para as universida-
des,porqueesteéonosso foco.Nós
somosespecializadasemcargos,pro-
fissionais, informação e em dar ex-
celência a esses. Somos especia-
lizadasemmelhoraroserdaspesso-
as e não o saber. Quem dá o saber
pode ser a universidade. Esta parte
não
anda sem a outra. Como é que
podemos ser uma fonteótima , para
queelaconsigaunirasduascoisase
ter uma alta
performance
? Pode-se
falar de felicidade, também, porque
você não vai ser feliz se não tiver a
combinaçãodasduascoisas, senão
tem o saber de uma forma que res-
peiteo seu ser evice-versa.
ELAINE
–Você se lembra que nós
fomos juntas a duas universidades,
fazeresse tipodepalestra? Já fazuns
5anos.Hoje,comamaturidadeque
adquiri, oqueperceboéo seguinte:
naquelaépocaasuniversidadesnão
“Opovo
norte-
americano,
desde
pequeno, tem
tudomuito
estruturado.”
ADRIANA
–
Pensando até dentro
dessemodeloqueaElaineestácolo-
cando, por que a universidade, na
engenharia,por exemplo, temde re-
presentarestepapelda formaçãoou
da escolha profissional? Talvez ela
Entrevista