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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
Case-Study
lentamente, em decorrência das
dificuldades gerais reinantes no
país; os custos da indústria eram
ascendentes porque grande parte
deles évinculadaaovalor dodólar,
em especial o querosene de avia-
ção, e este era impulsionado pelas
instabilidades políticas no Oriente
Médio. E, para coroar a situação,
ocorrem os atentados de 11 de se-
tembro,aumentandomuitoospreços
dossegurose,maisdoque isso,depri-
mindo,vigorosamente,ademandano
segmento internacional.
Apesar de tudo isso, a GOL ini-
ciou uma trajetória surpreendente,
atingindo 24% de participação no
mercado doméstico brasileiro em
dezembro de 2004, realizando um
lucro antes de juros, impostos, de-
preciações,amortizaçõesealuguéis
(EBITDAR)de40%, situando-se, as-
sim, entre as empresas aéreasmais
rentáveis do mundo. Mais do que
isso, a GOL chegou ao equilíbrio
econômico-financeiro já no se-
gundoanode suas operações, feito
só realizado anteriormente pela
Southwest,o
benchmark
domodelo
low cost
,
low fare
.
As estatísticas operacionais da
GOL em 2004 foram muito sur-
preendentes, colocando-a ao lado
dasmaiseficientesempresasaéreas
do mundo. Assim, naquele ano a
utilizaçãomédia diária da frota foi
de 13,6 horas (a segunda maior
do mundo, na mesma categoria
Grande parte desse
tipo de empresa é
vinculada ao valor do
dólar, em especial o
querosene de aviação.
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E, para coroar a situação, ocorrem os atentados de 11de setembro, aumentandomuito os
preços dos seguros e, mais do que isso, deprimindo, vigorosamente, a demanda no seg-
mento internacional.