Globalização ou
internacionalização
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R e v i s t a d a E S P M –
julho
/
agosto
de
2006
isto implica conhecer outra cultu-
ra, dominar outra língua, aprender
a cuidar-se, ampliar o capital
social, desenvolver competências
internacionais e interculturais.
É indiscutível a importância da
convivência profissional entre
professores e pesquisadores de
culturas acadêmicas distintas para
o amadurecimento intelectual,
tanto no plano individual quanto
institucional. Neste contexto, cabe
às IES criar condições acadêmicas,
administrativas e financeiras que
favoreçam a cooperação bi e mul-
tilateral com instituições e países
que reconheçam os programas de
cooperaçãocomoumdosmeios de
favorecer a formulação de projetos
em que a educação e a cultura
sejam dimensões indissociáveis e
que rejeitemopensamentoúnico e
acríticodas iniciativasque reduzem
a educação a negócio.
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Notas
1. Oprograma Erasmus éfinanciado pelaUnião
Européia. Apóia amobilidade de estudantes,
professores e pesquisadores de universidades
públicas credenciadas entre os 25países que
formam aUnião Européia. Com isso, deseja
encorajar a cooperação interuniversitária por
acreditar que desta forma contribuirá para o
fortalecimento da cultura acadêmica na região.
2. Este argumento foi desenvolvido pelo
(ex)ministro e atual diretor daPauloRenato
Consultores, no contexto de palestra ocorrida na
ESPM, emnovembro de 2005.
ManolitaCorreia Lima
Professora da ESPM
parece que a sociedade dispõe de
duas alternativas: subordinar o sis-
tema educacional às políticas do
Estadoouaos interessesdomercado.
Entretanto, ambas têm limitações:
enquanto o Estado-nação apresenta
limitações orçamentárias que impe-
dem a ampliação dos investimentos
requeridos pela internacionali-
zação da educação, o mercado
apresenta limitações na medida
em que reduz a oferta do serviço
àqueles que podem pagar.
Tendo em vista a crescente im-
portância da educação e da com-
ponente cultural associada aos
programas de internacionalização
é muito possível que uma terceira
alternativa esteja no âmbito de
ação de instituições de educação
superior sem fins lucrativos, que
podem explorar a credibilidade
que conquistaram localmente para
alavancar acordos de cooperação
comprometidos com a educação e
com a cultura na medida em que
nãoestariamorientadaspor resulta-
dos financeiros,mas por resultados
educacionaismais consistentes.
É inegável a importância de um
sejour
no exterior para a formação
integral de jovens à medida que
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ES
PM