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R E V I S T A D A E S P M –
M A I O
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J U N H O
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Sonhos e
Lembranças
As campanhas passam, cada vez
mais, a ter, como ambiente, as Sete
Arenas da Comunicação e não
aquele mundo restrito da propa-
ganda, que é apenas uma delas.
Vocês dirão: “Mas isso é im-
possível. Como é que eu vou
controlar, cobrar comissão, fatu-
rar?” Eu não sei, e pouca gente
sabe,mas garanto a vocês que vão
chegar lá e nossa Escola tem de se
antecipar, e tem de começar a
discutir este tipodeproblemacom
seus professores e alunos.
Aoutra grande vantagemda agên-
cia de propaganda para o seu
cliente era, e ainda é, a criativi-
dade. Só que, agora, criatividade
deixa de ser aquele fator mágico
restrito ao anúncio ou ao comer-
cial. Criatividade continua a ser o
bom anúncio, o bom comercial,
mas tornou-se mais do que isso,
precisa ter uma idéia que tire
partido, de alguma forma, das
possibilidades propiciadas pelas
SeteArenas da Comunicação.
Como fazer isso?Dareiumexemplo
singelo: há anos a Fischer & Justus,
que tinha a conta da Brahma, não
conseguiuounãoquis obter, para a
Brahma, o patrocínio de uma cota
da Copa do Mundo, que estava
sendopromovidapelaRedeGlobo.
Paramanter o nome da Brahma, de
alguma forma, presente nas trans-
missões de TV, a Fischer & Justus,
reuniu uns 50 ou 100 “branca-
leones”, com camisetas com o no-
medaBrahma, eessa turma sentava
nos estádios, em lugares privile-
giados, em jogos do Brasil, de tal
forma que, muito a contragosto, a
Globonão escapavade, vezouou-
tra, focalizar um daqueles caras
fantasiados, e o nome da Brahma
aparecia na transmissão.
Naépoca, foi umescândalo, ospu-
blicitários se sentiram traídos,mas
eraapenas um tênueprenúnciode
algo que está acontecendo cada
vez mais. A Coca-Cola, há dois
anos, deslocou 90% das suas
antigas verbas de propaganda em
TV, principalmente, para
shows
tipo Rock in Rio, e tudo agora é
feito em função de esquemas
promocionais armados a partir
desses eventos. Eu poderia citar
inúmeros exemplos.
Ora, issoéumaoportunidadepara
acriatividadedasagênciaseé tam-
bém uma nova responsabilidade
paranós.Quando falamosemcria-
tividade, não basta mais falar em
anúncio e comercial. De alguma
forma, nossos alunos têm de com-
preender, nossos professores tam-
bém, que, criatividade vai muito
além e incluiu a busca de idéias
para o aproveitamento dessas ou-
tras seis arenas da comunicação.
Eu sei que istoépolêmicoevai exi-
girmuita discussão adicional,mas
eu lanço aí a luva, para que vocês
meditem.
Voltando a falar de sonhos. Antes
queríamos ser cada vez mais re-
conhecidoscomoumCentrodeEx-
celência na geração de conhe-
cimento e no ensino da comuni-
cação de mercado, marketing e
administração com foco no mer-
cado. Agora queremos ser vistos
ANTES
“Queremos ser vistos como
um Centro de Excelência
na formação de futuros
dirigentes e empreendedores
da comunicação e dos
negócios.”
“Queremos ser, cada vez
mais, reconhecidos como
um Centro de Excelência na
geração de conhecimentos
e no ensino da comunicação
demercado, marketing e
administração com foco no
mercado.”
AGORA
Figura 2