Maio_2005 - page 17

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M A I O
/
J U N H O
D E
2 0 0 5 – R E V I S T A D A E S PM
Francisco
Gracioso
P
ensarno futuroe lembrardopassado,
de certa forma, tem constituídoparte
da servidão humana, da nossa sina
nestaTerra.Asfrustraçõesealegriasque
vêmdopassadoea inquietaçãocom
o futuro são parte importante dos
pensamentos que ocupam as nossas
horas vagas. Goethe já dizia: “
A
melancolia é a doença do
pensamento
”. Sem dúvida, de tanto
pensar, agentepodecairna“fossa.”
Schopenhauerdizia: “
Não tem saída,
ou o homem sofre ou se aborrece”
.
Mas um poeta – Schiller –, que foi
discípulodeSchopenhauer, retrucou:
Há saída;éo riso
.
Aquiloque faz rir
nos liberta”
.Então,vamosriroquanto
pudermos, poiso risonos alivia.
Mas, voltando a falar de “sonhos e
lembranças”, falo naturalmente dos
sonhos que temos acordados e das
lembrançasquenosacompanhamao
longode toda a vida, pois passam a
fazer partedenós.
O passado é importante. Dele vêm
os recursos materiais que nos per-
mitem investir no futuro. Vêm tam-
bém os conhecimentos e experiên-
cias acumulados que utilizamos e
transferimosàsnovasgerações.Evêm,
ainda, as crenças e valores que
formamasnossasraízes,semasquais,
certamente,nãoseríamososmesmos.
Que o passado e o futuro se encon-
tram para definir o nosso presente,
não há dúvida. O problema está no
pontodeequilíbrioentreambos.Não
é bom pensar demais no passado,
Levantávamos às 3h30 damanhã e íamos para ameditação;
trabalhávamos, alternávamosmeditação com o trabalho duro –
manter aquilo limpo, arrumar camas, limpar privadas, tudo isso.
GOETHE já dizia: “
A
melancolia é a doença
do pensamento
”.
SCHOPENHAUER dizia:
Não tem saída, ou o
homem sofre ou se
aborrece”
.
SCHILLER, que foi discí-
pulo de Schopenhauer,
retrucou: “
Há saída; é
o riso
.
Aquilo que faz
rir nos liberta”
.
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