Maio_2005 - page 20

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R E V I S T A D A E S P M –
M A I O
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J U N H O
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Sonhos e
Lembranças
ca em que propaganda era algo
meio parecido com “magia
negra”. Se você se apresentasse
como “publicitário”, ninguém
saberia o que era, se explicasse o
que fazia, logo imaginariam que
você era um desses bruxos
americanos, capaz de fazer
milagres com a alquimia da
propaganda. Era esse, realmente,
o clima. A indústria da
propaganda, daquele tempo,
precisava, desesperadamente, de
jovens talentos bem treinados.
A escola nasceu para isso – e não
era difícil atrair esses jovens ta-
lentos, porque a propaganda,
naquele tempo, era uma profissão
charmosa por excelência. Era o
que foi, há poucos anos, a
informática; mas a informática
perdeu rapidamenteo seucharme.
A propaganda não; elamanteve o
charme pormuitos emuitos anos.
UM PASSO
IMPORTANTE
Mas chegou o momento em que
ensinar apenas propaganda jánão
bastava. Acompanhando a
evolução domercado, demos um
passo pioneiro e passamos a
ensinar apropagandanocontexto
domarketing. Mais tarde, sempre
acompanhando o mercado, pas-
samos a ensinar marketing no
contexto da gestão empresarial.
Marketing–naquelaépoca– tinha
adquirido a feição, a identidade,
reforçada nos últimos anos, como
filosofia de negócios, muito mais
doquemeramenteuma funçãodo
negócio. Isto não significava –
como não significa até hoje – que
abandonamos ou esquecemos da
propaganda. Hoje, falamos em
comunicação, é claro, porque a
propaganda, embora seja a forma
mais importante de comunicação
com o mercado já não está
sozinha
nisto.
Mas
a
comunicação, repito, é ensinada
por nós nocontextodemarketing,
e omarketing – cada vezmais – é
ensinado no contexto maior da
empresa, como negócio.
Daí vem a formulação de nossa
missão. E istomostra, também, co-
mo o presente e o passado – em
função do futuro – interagem. O
que quero dizer é que as
lembranças e os sonhos serão de
pouca utilidade, se não forem
ancorados, se não tiverem base
firme na realidade de hoje. Isto é
oque significa: “Opassado jánão
existe, o futuro ainda não existe,
a única coisa real que importa é o
presente”, do Budismo Zen.
Compreendem? Édopresenteque
tiramos a nossa fonte principal de
inspiração para construir o futuro
a partir dos sonhos e levando em
conta as lembranças.
Acompanhando a evolução domercado, demos um passo pioneiro e
passamos a ensinar a propaganda no contexto domarketing.
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