Setembro_2002 - page 64

Revista daESPM – Setembro/Outubro de 2002
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Valeapena?
Concluindo, aproveitaraaventurado
novo seria exercer a nossa dualidade
(aventurasX rotinas)paravivermosmais
criativamente, enfrentando e alargando
as fronteiras donão-saber, da formaque
nos for possível. Parece ser atrativo, res-
tandoperguntar:qual seriaa forma inteli-
gentedeseguiresse impulsonodia-a-dia,
ou, mais especificamente, frente àquela
neurose do “não consigome atualizar”?
Cada um de nós deve procurar sua fór-
mula, já que a complexidade eliminou
as soluções padronizadas. Nenhuma re-
ceitabaseadanoquedeucertohojepode
estar garantida no amanhã, quando as
variáveis terãomudadoomundo.
Eu e alguns alunos, discutindo o
problema, chegamosauma“quase-re-
ceita” que nos pareceu adequada para
usar hoje em dia, e que venho culti-
vando. É ficar atento às grandes ten-
dências dos diversos campos do co-
nhecimento, mas só tentar acompa-
nhar de pertoos fatos e a dinâmica de
um campo pequeno, que seria o de
nossa atividadeprofissional e, talvez,
o de nossa preferência pessoal. Dá
certo senos sentirmos comoos pacien-
tes daqueles terapeutas do primeiro
mundo, fazendosabiamenteoqueépos-
sível, e assim tranqüilizados, dirigindo
nossas energias paraviver criativamen-
te, tambémcomadeliciosaaventurado
novo.
Quadro 1 –BREVE INFORMAÇÃOSOBREHUMANDYNAMICS
HumanDynamics
é uma disciplina que nasceu nos EUA das pesquisas
deuma rededeprofissionaisdapsicologiaepsiquiatria, lideradosporSandra
Seagal, “descobridora” dasprimeiraspistas, edeDavidHorne. De1979até
1995 um grupo de cientistas estudou milhares de casos para estruturar a
conclusão de que o ser humano processa as informações que recebe e se
relaciona com elas através de três centros: emocional, físico emental, com
uma ordem de prevalência determinada pela sua natureza individual.
Dada aquela ordem, existiriam nove grupos. Entretanto, quase a tota-
lidadedaspessoas se colocaem cincodessesnovegrupos, easpesquisas
se fixaram neles. Pois bem, focalizando aqui o assunto pelo ângulo da
criatividade, vê-se que um dos grupos, com 25% das pessoas, mostra-se
impressionantemente a favor da inovação. Outro grupo, com 55%, lida com
o novo sem grandes dificuldades. Os outros três grupos processam e rea-
gem às informações novas e àsmudanças commais difi-
culdade.Háumgrupo, quecompreende5%daspessoas,
paraoqual tudooqueénovo representaumgrandepro-
blema.
Registre-se, contudo, queosestudosda
HD
nãomostramoudeterminam comportamentos certosou
errados, nemmelhoresoupiores.Adiversidadeconstrói uma
harmonia e uma complementaridade que, em última aná-
lise, podeedeve ser um vetor paraa realizaçãoea felici-
dade de todos. A grande tese da
HD
, se formos defini-la
rapidamente, é de que as pessoas podem ser mais bem
integradas à diversidade, e assim se tornaremmais feli-
zes, pelo conhecimento e aceitação de sua natureza psí-
quica, e, como decorrência disso, pelo aperfeiçoamento de sua harmonia
com o todo.
(Nota: verifica-se que os dois grupos afins ao novo, de 55% e 25%, so-
mam os 80%mencionados antes)
“Portanto,
quantomais
aprendemos,
maisverificamos
quantosomos
limitados,ao
vislumbrarcomo
é intangívelo
universodo
novo.”
“O lucroseriao
motivoda
iniciativasóna
superfície,pois,
no fundo, o
homemquer
novas
experiências.”
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