março/abrilde2013|
RevistadaESPM
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interno e associados ao atendimento
das necessidades básicas da popula-
ção brasileira. O quadro acima, mos-
tra essa realidade.
Gracioso –
Todo profissional autôno-
mo pode ser considerado um empreen-
dedor, ou o termo deveria ser utilizado
para classificar apenas aqueles que,
realmente, investem no crescimento do
seu negócio? Quem abre uma vendinha
na periferia é um empreendedor?
Santos –
Não necessariamente. Po-
demos entender como empreendedor
aquele que inicia algo novo, que vê o
que ninguém vê. Enfim, aquele que
realiza antes, que sai do campo do so-
nho e parte para a ação. Ser empreen-
dedor significa, acima de tudo, ser um
realizador que produz novas ideias
por meio da congruência entre criati-
vidade e imaginação. Seguindo esse
raciocínio, muitos defendem a ideia
de que o empreendedor, em geral, é
motivado pela autorrealização e pelo
desejo de assumir responsabilidades
e ser independente. Considera irre-
sistíveis os novos empreendimentos
e propõe sempre ideias criativas,
seguidas de uma ação. A autoava-
liação, a autocrítica e o controle do
comportamento são características
do empreendedor que busca o auto-
desenvolvimento. Para se tornar um
empreendedor de sucesso, é preciso
reunir imaginação, determinação,
habilidade de organizar, de liderar
pessoas e de conhecer, tecnicamente,
etapas e processos.
Anna Gabriela –
No Brasil, jovens
entre 25 e 34 anos respondem pela
criação de 33,8% das empresas. Existe
uma idade certa para começar a tocar
o próprio negócio? A taxa de fracasso
das novas empresas é a mesma em
qualquer faixa etária?
Santos –
O jovem brasileiro tem
se destacado na abertura de novos
negócios. A crescente escolaridade
da população e a estabilidade que
vivemos na economia favorecem esse
fenômeno. Hoje, os jovens saem cada
vez mais da universidade sonhando
em abrir a própria empresa e menos
em seguir carreira como empregado
ou ingressar no serviço público. Nos-
sa pesquisa de sobrevivência mostra
que atualmente sete em cada dez
empresas ultrapassamo segundo ano
de existência. Os fatores que levam
à mortalidade de um negócio estão
ligados àmenor capacidade do empre-
sário de fazer uma gestão competitiva
e inovadora. São aspectos que inde-
pendem da faixa etária. Mas, claro,
quanto mais escolarizado e prepara-
do for o empreendedor, mais chances
de sobrevivência terá o seu negócio.
Atividades
Empreendedores
iniciais
Descrição CNAE
Categorias CNAE
%
Comércio varejista de produtos
farmacêuticos, artigos médicos e
ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos
Comércio varejista e
reparação de objetos
pessoais e domésticos
7,69
Comércio varejista de artigos de
vestuário e complementos
Comércio varejista e
reparação de objetos
pessoais e domésticos
7,34
Cabeleireiros e outros
tratamentos de beleza
Outros serviços
coletivos, sociais e
pessoais
6,99
Lanchonetes e similares
Alojamento e
alimentação
6,64
Comércio varejista de mercadorias
em geral, com predominância de
produtos alimentícios, com área
de venda inferior a 300m
2
– exceto
lojas de conveniência
Comércio varejista e
reparação de objetos
pessoais e domésticos
5,24
Fornecimento de comida
preparada
Alojamento e
alimentação
5,24
Comércio varejista de outros
produtos não especificados
anteriormente
Comércio varejista e
reparação de objetos
pessoais e domésticos
4,55
Obras de acabamento
Construção
3,50
Outras atividades
52,8%
Fonte:
GEMBrasil