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do Açúcar e do Álcool; Instituto Nacional do Sal, e

mais uma série de organismos que aumentaram a

amplitude de intervenção tentacular do governo

federal, como órgãos executivos reguladores,

diretores, fiscalizadores e controladores das

atividades das demais instâncias do poder público

e suas respectivas agências, em especial nos Estados

da Federação.

O terceiro nível representou a inserção,

expansão e consolidação da atividade empresarial

do Estado, ou seja, a criação de empresas de direito

privado, especialmente sociedades anônimas, das

quais o Estado era seu acionista majoritário. Foram

criadas através de inversões de origem fiscal,

constituindo o que comumente chamamos de

"Administração Indireta". Apesar de apresentarem

inicialmente um crescimento modesto, as atividades

centradas em setores estratégicos como petróleo,

mineração, armazenagem e beneficiamento de

produtos agrícolas etc. tiveram importância

significativa no desenvolvimento econômico e nó

equilíbrio da balança de pagamentos do país e,

•obviamente, o ingresso definitivo do Estado no setor

produtivo e econômico nacional.

Todo o esforço de inovação e renovação do

aparato governamental no período de 1.930 a 1.945

foi pautado, portanto, pela reforma dos meios, de

orientação autocrática e impositiva, dando ênfase

às atitudes de administração geral, em detrimento

de preocupações com reformas nas atividades fins,

substantivas.

Merece destaque neste período a criação do

DASP-Departamento Administrativo do Serviço

Público, em 1.938, responsável pela administração

de pessoal e orientado para a universalização do

sistema meritocrático weberiano de remuneração e

ascenção profissional do funcionalismo. Todavia,

a reforma, e a conseqüente expansão das atividades

do Estado, exigiu um elevado aumento de quadros

servidores. Este aumen to se deu de f o rma

desproporcional, observando-se um grande aumento

no número de servidores extranumerários em

oposição aos de carreira, contribuindo sobremaneira

para a amp l i a ç ão do c l i en t e l i smo e do

empreguismo.

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Na área social, a agenda governamental neste

período passou a incorporar maiores preocupações

de gestão pública, principalmente nos aspectos

relativos ao t r aba l ho. As políticas sociais

significaram basicamente, e dentro da orientação

liberal do Estado Novo, a regulamentação das

condições de venda da força de trabalho e a sua

preservação. A formulação de políticas públicas e

a criação de órgãos na área social privilegiaram

os setores de saúde do trabalhador, programas de

alimentação e adestramanto para o trabalho. A

diferenciação funcional dos órgãos estatais

envolvidos percorreu um processo de consolidação

até fins da década de 40 com a separação das áreas

de saúde e educação e a criação, como já

mencionado, do Ministério do Trabalho. Este

último instrumentalizou sobremaneira o populismo

do governo Vargas na acomodação dos conflitos

com as massas trabalhadoras de um lado, e nos

pactos com as classes econômicas dirigentes, de

outro.

Cumprindo os caminhos do modelo de

administração pública getulista, as ações sociais

passaram do setor privado (da caridade) para o

setor público assitencialista (funcional ao sistema

econômico), das ações descentralizadas para a

centralização estatal. E o modelo burocrático do

Estado Novo manteve, a partir de então, sua linha

hereditária nas instâncias político-administrativas

inferiores, com maiores ou menores feições de

semelhança com sua matriz.

Os anos 50, caracterizados pela euforia do

progresso econômico, perpetuaram o modelo de

estatismo social-desenvolvimentista do período

anterior, recebendo, inclusive, um maior alento de

legitimidade pela crescente incorporação dos

conce i t os keyne s i anos de a t i v i smo e

intervencionismo estatal, conceitos estes em voga

e amplamente utilizados na condução das gestões

públicas, na maioria dos países democráticos do

pós-guerra.

Apesar de não terem sido observadas

t r an s f o rma ções s i gn i f i ca t i vas na máquina

admi n i s t r a t i va do Es t ado brasileiro, o

restabelecimento da democracia, posterior à queda

do Estado Novo, estimulou o debate sobre o modelo

de administração pública adotado. É nesta época

que surgem os primeiros diagnósticos sobre a

ineficiência do instrumental administrativo, usados

para respaldar as ações do modelo de Estado

centralizador.

Mesmo que não tenham sido suficientes para

gerar transformações substanciais, estas visões