Daniela
Ramos Teixeira
81
janeiro
/
fevereiro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
1.
Ocenário
hipercompetitivodo
ambiente empresarial
No cenário hipercompetitivo do
ambienteempresarial, as táticasde
guerrilhaganhamprojeçãoe segui-
dores cada vez mais fiéis. Dentre
as técnicas para vencer a batalha
predominam respostas rápidas ao
mercado, parcerias estratégicas,
grandeconhecimentodos clientes,
investimentos na mídia não con-
vencional eaçõesque surpreendam
o cliente e também o concorrente.
Há 50 anos, no surgimento do
Marketing, já se falava em satis-
fazer às necessidades dos clientes;
a partir da década de 90, exceder
às expectativas dos clientes e en-
cantá-los passou a ser o foco.Mais
recentemente,
gurus
demarketinge
estratégia levantamabandeirapara
a importância das empresas em
‘criar asnecessidades’ nosclientes,
desenvolvendo produtos/serviços
que, além de competitivos, devem
ser inovadores.
Nesse campo de batalha, a evo
lução da internet com a novaweb
abre novas frentes de inovação,
conhecimento e geração de valor
para as empresas. Essa nova web
é mais conhecida como
web
2.0
e também ganhou outros no-
mes:
LivingWeb,Hypernet,Active
Web, Read/Write Web
. Tapscott
e Williams (2007) alertam que,
independente do nome, a nova
web
é uma plataforma global e
onipresente para computação e
colaboraçãoqueestá remodelando
quase todos os aspectos das re-
lações humanas.
Nestecontexto, acolaboraçãoganhamaiorpesonoambiente
empresarial. Entretanto, os
grandes desafios das empresas
continuam sendoosmesmos:
como lidar com tanta informação?
como sair na frente em vendas?
comoagregarvaloraonegócio,ganharvantagemcompetitivaeser líder?
como fazerparcerias estratégicas?
como desenvolver produtos que vendam?
como garantir a ‘satisfação’ dos acionistas e dos clientes?
como ser, realmente, reconhecida como uma empresa inovadora?
Para que as empresas alcancem
seus objetivos e saiam vitoriosas do
campodebatalhadiário, aproposta
é a de que seja trabalhada e desen-
volvida uma
Rede de Valor para
Inteligência Empresarial
com foco:
nomercado/concorrência;
nos produtos/serviços;
nos clientes e
nas parcerias.
2.
Definindo
RededeValor
Redes de Valor ou Modelos de
Negócio em Rede é um conceito
empresarial que surgiu na década
de 90, baseando-se nas competên-
cias essenciais das organizações,
em modelo proposto por Gary
Hamel e C. K. Prahalad em 1990.
(Balceiro
et al.
2002)
Osautores já ressaltavam,nadécada
de 90, a importância de as organi-
zações investirememparcerias que
pudessem complementar as suas
competências com o objetivo de
formar uma Rede de Valor capaz
de agregar valor em toda a cadeia
produtivaatéchegaraoconsumidor
final. (Hamel e Prahalad, 1990)
A Rede deValor é uma rede de for-
necedores,distribuidores,provedores
de serviços e clientes que conduzem
as transaçõesecomunicaçõescomer
ciais por meio das tecnologias de
comunicaçãoe informação (TCI),com
o objetivo de produzir valor para os
consumidores finais e para os mem-
brosda rede. (Tapscott
et al.
2001)
Para Verna Allee (2002), Rede de
Valor (ValueNetwork)équalquer rela-
cionamento via
web
que gere valores
tangíveis (ex.: dinheiro), e intangíveis
(ex.:benefícios),pormeiodeumatroca
dinâmicaecomplexaentredoisoumais
indivíduos, gruposouorganizações.
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