Julho_2002 - page 92

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Revista daESPM – Julho/Agosto de 2002
Oded – Sim. Estão no
si te
(
).
JR–Algoquevocêpoderiacitar?
Oded – Temos as nossas publica-
ções e essas publicações, em vá-
rias áreas, contam casos concre-
tos de empresas nas quais você
pode se inspirar. Por exemplo, a
taxa da população de deficientes
físicos ementais noBrasil émuito
alta. No último censo, eram 24,5
milhões de brasileiros. Como as
JR – E o custo disso é relativa-
mentebaixo.
Oded –Outra forma barata de parti-
cipar é procurando saber quais os
seus funcionários que já participam
deprojetossociais.Épesquisa.Com
isso você vai descobrir o quemuita
gente,quevocênem imaginava,está
fazendo. Aí, ao invés de pensar em
projetospróprios, incentiveesses fun-
cionários, valorize-os, premie-os,
faça com que contem histórias, que
sejamvalorizadosdiantedosoutros.
Vocêpode instituirumprêmio.Enão
dêoprêmioaeles;masparaa insti-
tuição. Então, ao invés de criar um
projeto, você identifica seus funcio-
nários,ajuda-ose issovai serviruma
entidade, e você vai ter certeza que
alguémvai olharqueesses recursos
sejam bem aplicados. Essa é uma
idéia, entre várias.
JR – Você e eu somos de uma
geraçãoque iniciouseu trabalho,
nummundoondenãose falavade
poluição. Que fatores estimula-
ramosurgimentoda responsabi-
lidadesocial nasempresas? Isso
é coisa recente?
Oded – Houve uma mudança no
mundo do trabalho. Primeiro, as
empresas dependem hoje não da
força físicadaspessoas–comocar-
regar coisas; dependem da compe-
tência, do planejamento. E o fator
humano hoje, é o conhecimento. O
que estou dizendo não é que, de
repente, as empresas ficaram boa-
zinhas.Surgiualgoque, anosatrás,
não imaginávamos– fatoresquese
juntassem – responsabilidade so-
cial, ética com empresa. São coi-
sas que não combinam. Empresa –
lucro, uma estrutura autoritária, um
presidente.Mas, de repente, entrou
na lógicadaempresaqueeladepen-
dedepessoas.Ainda fazumaenor-
mediferença, deumaempresapara
outra.Acomunidadeemgeral, hoje,
émuitomais informada do que an-
tes, sobre o que acontece; as orga-
nizações são mais transparentes e
você acaba sabendo de tudo mais
rapidamente. É muito difícil escon-
der as coisas da sociedade civil – o
ativismosocial, político, osmeiosde
comunicação. Acontece alguma
coisa, do outro lado do mundo, e
imediatamente você fica sabendo.
A democracia avança e as pesso-
as começam a querer participar. E
houve também o agravamento de
determinados problemas e isso
tambémmobiliza.Oqueaconteceu
foi uma coisa lógica. As pessoas
gostamdeser bem tratadas.Quan-
do somos bem tratados, também
tratamosbem. Então, quandovocê
“Precisatera
capacidadedeunir
apartegerencial,
deresultado,com
ocompromisso
social.”
“Aquestãoda
responsabilidade
socialéaquestão
ética.”
pessoas têm parentes, significa
que o impacto ésobre100, 120mi-
lhões. Então, isso significa que atu-
aria positivamente na imagem da
empresa juntoaosconsumidoresse
ela der oportunidade para deficien-
tes.Nós temosváriasatividadesea
maior delaséumaconferênciaanu-
al queagente faz.Resolvemosque
aequipedeatendimento–naparte
operacional –seriacomdeficientes.
Umdosnossosassociados–aGelre
–ajudaas empresas tantoa seleci-
onarcomoa implantaressesistema.
Umempresárioviueadoroua idéia.
Quer dizer, tenho o atendimento,
faço eventos, contato aGelre e ela
usa pessoas deficientes nesse tipo
de atendimento. É fantástico.
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