Julho_2003 - page 27

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R E V I S T A D A E S P M –
J U L H O
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A G O S T O
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taliza a idéia de levar a capacidade
humanaa seuextremo.
A linhadedemarcaçãodo limiteda
tolerância a essas formas de admi-
nistrar é mais sutil do que a do
taylorismo. Deriva da dupla recusa
em ceder o corpo e amente àma-
quinariadaprodução. Pesquisas re-
centes (Douglas & Shepherd, 2002)
têmdemonstradoqueosquebuscam
a independência, i.e., abrir um ne-
góciopróprio, têmmaior tolerância
ao risco e aversão à desproporção
entre esforço e remuneração quan-
doseéempregado.Nãoquepreten-
dam ficar ricos com a independên-
cia. Nem trabalhar menos. É a des-
proporçãodosobretrabalhoquenão
pode ser tolerada.
Noquese refereà intolerânciapura-
mentepsicológica, oque severifica
é que existem personalidades que
não se adaptam à vida organiza-
cional. As origens da intolerância e
o intolerávelpsicológico sãodifíceis
de precisar. Muitas vezes não têm
uma implicação diretamente
verificável na insustentabilidade do
convívio entre empregados e orga-
nizações.Gibson&Gouws, (2001),
estudando o efeito do contexto so-
balho racionalizado.O taylorismoe
o fordismo, aodividiremo trabalho
em seus elementos constituintes, in-
duziramàalienaçãoextremada. En-
quanto a divisão social do trabalho
subdivideasociedade,adivisãopar-
celada do trabalho subdivide o ho-
mem, commenosprezodas capaci-
dadesenecessidades.Nessecontex-
to o trabalhomuda inteiramente de
figura. Eoque se seguenãoalteraa
idéiadohomem feitomáquina, por-
que“...o taylorismodominaomun-
dodaprodução; os quepraticamas
‘relações humanas’ e a ‘psicologia
industrial’ são as turmas de manu-
tenção da maquinaria humana”
(Braverman,1977).Oqueseseguiu:
a corrente de relações humanas, o
comportamentalismoe tudoe todos
que utilizaram o estudo do corpo e
da mente para melhor extrair
sobretrabalho, apenas instrumen-
“Poucos sedão
conta de que o
únicobom
cabritoque não
berra é, claro
está, o cordeiro.”
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