Julho_2003 - page 30

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J U L H O
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A G O S T O
D E
2 0 0 3 – R E V I
S T A D A E S P M
viciosanamedidaqueé frutodeuma
tentação.Toleramosporqueé incon-
veniente, trabalhoso ou antipático
reagirmos à transgressão. Mesmo a
maiscorriqueiradasalegações, ade
quedevemos toleraraspequenas fal-
tas, as faltas semconseqüência, não
encontra respaldoemnenhumadas
correntes dopensamentoético.
Do ponto de vista das éticas
teleológicas, como o utilitarismo, a
questão sequer se coloca, porque o
que não produz conseqüência não
é, por definição,moral ou imoral.
Do ponto de vista das éticas
deontológicas,comookantismo,não
sepode transigirporqueo julgamen-
tobaseadonapresunçãodasconse-
qüências é uma adivinhação sem
sentido.
Do ponto de vista do ceticismo
relativista,da idéiadequecomonin-
guém é dono da verdade, não há
como reagir aocomportamentoque
julgamos incorreto,aindaumaveza
alegaçãodadesimportânciaouoar-
gumentoda impossibilidadede jul-
gar outra cultura não se sustentam.
Mesmo o mais empedernido dos
relativistas temaobrigaçãodoescla-
yw
Keystone
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