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Revista daESPM –Maio/Junho de 2002
te.” Essa idiotice vigora até
hoje.Ainda tem gente que
fala issohoje.ASuécia–
umpaísdeoitomilhões
dehabitantes,menos
da metade de São
Paulo – exporta
Scania Vabis, Volvo,
Ericsson e outras
coisasparaomundo
todo. E ninguém fala
em barreiras. Porque
eles não têmmercado
interno,elesaprenderamque
a sobrevivência de uma Sué-
ciaé vender fora. Enós ain-
danão.NoBrasil,entram
quatro grandes dinhei-
ros. Você pode, se qui-
ser, fazer pela ordem os
quatro grandes “dinhei-
ros”. Toda vez que en-
traumdinheirodesse,
sai naprimeirapágina
e nos sentimos muito
bempelo fatodeeleen-
trar aqui enãonaArgen-
tina, por exemplo. Núme-
ro 1: o dinheiro da Bolsa.
Quando sedizXbilhões de
dólares na Bolsa do Brasil –
ótimo, aplausos. Significa que
estão confiando no país. Só que
ele voa para fora pelo computador
numa emergência qualquer. Mas a
gente gosta quando ele chega. O
segundodinheiroéaqueleque vem
paracapitalizare financiarempresas
–maravilhosodinheiro.Geraempre-
gos. Só que 12% do lucro vai voar,
também, emdólares, para fora.Mas
ficamos felizes – dá primeira pági-
na, confiança, auto-estima.O tercei-
ro dinheiro é o dinheiro que vem di-
retoparaogoverno federal, ouseja,
oFMI confianoBrasil; depositanão
seiquantosbilhões.Maravilhoso.To-
maraaArgentina tivesse isso.Opaís
que tem esse crédito é um país de
futuro. O quarto dinheiro – que é o
queeumaisgostoeachomaissau-
dável – é o dinheiro da exportação,
aquele que entra na Suécia. Esse
dinheiro gera emprego; ele nunca
maisvai embora;elemelhoraaauto-
estima; provoca superávit ao invés
de déficit. É um dinheiro santifica-
do. Esse, o Brasil está aprendendo
a fazer ontem.
JR – Você deve saber, pois está
envolvido na questão das expor-
tações.Masvamosvoltarumpou-
co. Somos quase da mesma ge-
ração. Paramim, propaganda de
governo evoca nazismo – Hitler.
Depois, a época de Vargas, Esta-
do Novo, DIP. A própria palavra
propaganda é uma coisa ideoló-
gica. Qual é a
sua visão dessa
propaganda?
Alex–Vocêdizbem. Existe “pro-
paganda” que significaoqueminha
sogra diz: “Ah! Isso é propaganda.”
Quer dizer, é tapeação. Essa “pro-
paganda”,esquece.Porquenósnão
estamos aqui para defender, quan-
do temaspas.Comoéquesecons-
trói um país?Como é que se cons-
trói uma família? Você usa propa-
ganda, usa marketing no mais alto
sentido para construir uma família.
Você reúneos filhos, avisaos filhos,
conversa, tem um diálogo com eles
sobreaeconomiada família–sevai
compraroualugarumacasa.Sepre-
cisamos pedir aumento para o pa-
trão – se é que a gentemerece. Ou
pensar em estudar um pouco mais
para conquistar um novo emprego.
Toda essa conversa é o marketing
familiar intuitivo, nomais alto estilo,
