março
/
abril
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
99
As empresas precisam saber quem são e para que servem
}
Quando você começa a dar
mais enfoque nas pessoas e faz
a convergência para o negócio,
o resultado é fantástico.
~
}
As organizações hoje sabem que o ideal é trabalhar na
prevenção e não no problema. E sso remete também à
destruição como oportunidade.
~
Existem grandes organizações que
estão comumnível de tecnologia tão
desenvolvido que o ser humano se
perdeu.Apessoaestátãoacostumada
a ficar em uma baia tendo todos os
processos de capacitação e treina-
mento para lidar com essa questão
tecnológica que, quando termina ou
mesmo no decorrer do dia, acaba
esquecendoquemé.Hoje, temquatro
grandes organizações onde estamos
trabalhando com o ser humano, nas
quais a tecnologia foi quase além da
capacidade dele lidar com isso – não
no sentido de limitaçãomental, mas
no sentidode ter, digamos, umaade-
quaçãoaessanecessidade.Nãoexiste
organização, de qualquer tamanho,
semum ser humano por trás. Agora
chegouavezdele. Esseéomomento
queestamosvivendo.Nessecontexto,
não importa o cargo, a função ou o
lugar do trabalho, o ser humano tem
duas visões. Uma dele próprio, que
está sendo extremamente esquecida,
mas que agora pede passagem. E a
outradaorganizaçãoemquetrabalha,
da sociedade em que está inserido,
da família, do que está acontecendo.
Chegamos quase a exaurir a questão
da tecnologia – ela muda com uma
rapidez incrível. Mas o ser humano
que é o receptor de todo esse pro-
cesso é, aomesmo tempo, o grande
vilão dessa história, já que ele está
criando um contexto difícil para si.
E o empresariado tem uma respon-
sabilidade grande nisso, porque ele
tememmãosnãosóodinheiro–que
é um grande motivador de grandes
mudanças ou transformações –, mas
também uma história. Geralmente,
umaempresaestá inseridadentrode
umcontextoquepodesergeográfico,
cultural, político. Hoje, o empresário
sedá contadeque, sequermanter as
raízesdaempresa,precisamanterum
fio condutor. Caso contrário, perde a
essênciae,consequentemente,ameta
e o foco, que é o propósitomaior do
desenvolvimentodesuaempresa.
MÁRIO
–Gostariadeestabelecerum
elo entre o que você falou e o que o
LuizcitousobreaUnilever, apreocu-
paçãoem juntarosobjetivospessoais
dos funcionáriosedaorganização.
LUIZ
–Vaiserexatamenteisso,porque
tem o lado que você chega ao ponto
do limite natural que se expressa de
diversas maneiras nas questões de
saúdedos funcionários.Asorganiza-
çõeshojesabemqueoidealétrabalhar
na prevenção e não no problema. E
isso remete, também, à destruição
como oportunidade. Quando to-
mamos a decisão de trabalhar mais
a visibilidade da Unilever no Brasil,
fiz uma pesquisa para comparar a
percepçãodacorporaçãodopontode
vistadeatributos, juntoa formadores
deopiniãoeconsumidoresnoperíodo