Pensamento estratégico
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Revista da ESPM
| julho/agostode 2013
aqueles estudantes tidos como “indisciplinados”, envol-
vendo-os em tarefas específicas de interesse comum
ao grupo, como pesquisas, serviços e compromissos.
Tais práticas previnemo preconceito, que levamuitas
escolas e professores a desprezaremo “aluno-problema”.
É vital corrigir essa cultura dividida: de um lado, o pro-
fessor sacrificado e, do outro, o aluno rebelde. É uma
guerra. Quando as expectativas são negativas, as res-
postas confirmam a tendência negativa.
Oprofessoréoagenteeducacionalbásico,poiséelequem
interage como aluno quase o tempo todo. Por paradoxo, o
magistério, emgeral, não recebeaconsideraçãomerecida
e,porfrustração,reageinconscientemente,adotandoatitu-
des incompatíveisàssuas funções. Émarcanteouso incor-
retodopoder, emqueseposicionacomodetentor absoluto
doconhecimento, exercendo-ocomautoritarismo. Nesse
sentido, torna-se um disciplinador e, como tal, quer ser
ouvido, não ouvir.
Adinâmica do ensino deve estimular o aluno a partici-
par, superandoo contraste frequente entre a vida externa
intensa e cheia de estímulos
—
televisão, internet, celular
—
do estudante e a monotonia do ambiente escolar. Mais
importante
—
maismesmo!
—
doqueocomputadoreovídeo
na sala de aula é a relação viva emotivadora entre profes-
sor e alunos no processo de aprendizagem. Isso acontece
comprojetoscomunsemqueaparticipaçãocriativaéesti-
mulada.Manifestaçãoentusiásticadeumaluno: “Tivemos
hojeumaótimaauladematemática:discutimosfutebol”.A
relaçãoamistosacriaumambientemotivadoràaprendiza-
gem,mesmoparaasquestõesdeestatísticaeprobabilidade.
O itemmais importante da pauta é que dirigentes, téc-
nicos, professores e alunos tenhamumespaço de reflexão
—
o que denominamos emnossos trabalhos de consultoria
como“comitêestratégico”
—
,ondepossamconstruireexer-
citarpensamento,verdadesevontadescomunsnalinhade
umaefetivaintegraçãoestratégica.Nãosepodepensarnuma
escola
—
dequalquernível
—
semplanejamentoeducacional
estratégico,elaboradodemaneiraparticipativaesinérgica.
Novo modelo de gestão
Aescola integrada representaumnovomodelode gestão,
quepreparaedesenvolvepessoascomoprofissionaispara
as várias funções e papéis característicos de uma socie-
dade emmudança acelerada. É uma escola para o Brasil
de hoje, projetada para o futuro. Torna-se urgente preen-
cher o vazio na complementação do processo formativo
Escolas são organizações socioeducacionais. A boa escola
não é a que proporciona tão somente o ensino de habilidades
para o mercado, mas a que torna essas qualificações
competência à convivência harmoniosa, produtiva e feliz
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