Revista ESPM - jul-ago - Revolução Silenciosa - educação executiva como vantagem estratégica das empresas - page 118

Educação continuada
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Revista da ESPM
| julho/agostode 2013
da defesa da educação continuada como umcaminho a
seguir, devido à premência de se manter a capacidade
produtiva numa era de crescimento cada vez maior do
ambiente competitivo.
Pode-se observar um aspecto da incessante busca
pelo desenvolvimento, na relação entre profissionais e
empresas. As novas exigências domercado de trabalho
pressionamos profissionais a dar continuidade à sua for-
mação, seja por recursos próprios ou pelo investimento
de seus empregadores na gestão de seu capital intelec-
tual. Há duas décadas, as áreas de treinamento dessas
organizações perderamumpouco o rumo, uma vez que
se caracterizarampela simples reprodução de conceitos
e práticas, nelas injetadas, sema preocupação coma cul-
tura e o real aproveitamento do potencial humano e das
competências dos profissionais. Aeducação corporativa
surgiu precisamente com o intuito de modificar essa
situação insatisfatória quanto ao desenvolvimento de
recursos humanos. Muitas empresas, noBrasil, criaram
uma estrutura interna para essa finalidade. Em alguns
casos, porém, houve apenas a mudança semântica das
áreas, permanecendo idênticas as práticas gerenciais,
isto é, repetidoras demodelos nemsempre adequados à
real necessidade de preparo dos funcionários. Contudo,
nos últimos anos, vimos apreocupaçãodas organizações
em investir no seu capital humano, tendo, por objetivo
principal, garantir que seus empregados possuam as
qualificações exigidas pelomodelo competitivo vigente.
Em um mundo onde o conceito de emprego de duas
décadas atrás nãomais existe, as competências e o pro-
fissionalismo estão em linha como conceito de empre-
gabilidade. Essa é, semdúvida, a grande preocupação do
profissional noambientede trabalho, uma vez quenão se
sonhamais comoempregogarantido, e simcomamanu-
tenção da capacidade profissional e competência. Nesse
novo ambiente, as empresas passama ser dependentes
da educação, namedida emque a premência pelo desen-
volvimento dos empregados prioriza os processos edu-
cacionais em lugar da criação de “supervisores” que pos-
samavaliar se o trabalho está sendo feito corretamente.
Após a discussão sobre conhecimento e competência,
percebe-se o quanto se espera da educação em termos
de constante integração como ambiente e asmudanças
observadas na sociedade enas organizações. Emvirtude
deatuar como instrumentodeemancipaçãodo indivíduo
e das nações, sob a perspectiva de democratização das
oportunidades nas sociedades da informação, onde o
aprendizado inicial torna-se rapidamente insuficiente,
a educação permanente visa a umamaior integração aos
locais de trabalho, além de corresponder às expectati-
vas e necessidades dos indivíduos.
Nesse cenário de profundasmudanças dosmodelos e
discussões pedagógicas, chegamos a uma questão que
tem sido responsável por grande parte do debate sobre
a aprendizageme seus desafios: a educação a distância.
No Brasil, o tema assume papel de extrema relevân-
cia, pois as dimensões continentais do território, a
As novas exigências do mercado
de trabalho pressionam
os profissionais a dar
continuidade à sua formação
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