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julho/agostode2013|
RevistadaESPM
planos demídia. Acabei criando uma rede paralela que
atendia a Localiza.”
A experiência fez Musa se destacar e conseguir uma
vagano timequeatendiaaUnilever. “Deixei de ser redator
porqueachei queessepapel contavaapenasumpedaçoda
históriadacampanha. Então, aprendi a transitarpor todas
as áreas. E sempre dava um jeito de fazer omelhor, inde-
pendentemente das condições oferecidas pela agência.”
O comportamento diferenciado chamou a atenção do
publicitário Sérgio Amado, presidente do grupo Ogilvy
Brasil, que em 2007 decidiu reformular a agência, come-
çandopelaáreadecriação.MusaindicouAnselmoRamos,
oamigodos temposdeESPM, queaessaalturaera sócioe
diretordecriaçãodeumaagênciaemMiami (EUA). Sérgio
gostoudaideiadonome,principalmentepornãoserconhe-
cido no mercado nacional, e resolveu apostar. Amistura
da dupla
—
formada por umprofissional de atendimento e
por outrode criação
—
deuorigema umnovo jeitode fazer
publicidade. “Aqui, adotamos uma dinâmica muito pare-
cidacomos temposde faculdade.Não temumpai da ideia.
Todos contribuempara a elaboraçãode boas campanhas.
CostumobrincarcomoAnselmodizendoquehojealguém
paga para a gente se divertir e produzir osmesmos traba-
lhos que fazíamos naESPM”, observa opublicitário.
Sem medo de ser feliz
Juntos, os amigos concluíramque, para fazer a diferença
nomercado, bastava apenas seguir os ensinamentos do
mestre da publicidade moderna. O primeiro passo foi
escrever o plano de crescimento da agência, assimcomo
David Ogilvy fez em um memorando de 1948, quando
inaugurou seunegócionaMadisonAvenue. “As agências
têmo tamanho quemerecem. Estamos começando com
pouco dinheiro,mas esta será uma grande agência antes
Como ser agência
do ano em Cannes
Para comemorar o excelente desempenho no Festival de
Cannes 2013, a Ogilvy Brasil criou uma peça que circulou
emalguns dos principais veículos de publicidade do país. A
seguir, você confere o texto do anúncio, na íntegra.
”
Acredite. Mesmo que você não tenha motivos pra acre-
ditar. Tenha consciência de onde você está e aonde você
quer chegar. Resgate uma cultura adormecida. Coloque no
dia a dia os ensinamentos do fundador da agência. Traba-
lhe como se você ainda estivesse na faculdade. Imploda
qualquer território. Faça a criação trabalhar como aten-
dimento e o atendimento trabalhar como criação. Faça
a mídia, o planejamento, a produção, todos se sentirem
tão responsáveis pela ideia quanto a criação. Entenda a
importância do RH. Procure talentos nos lugares menos
óbvios possíveis. Desenvolva esses talentos com calma.
Crie um ambiente onde até um estagiário possa ganhar
umLeão. Tenha umchairman que diga “Do it!” “Do it!” “Do
it!” Tenha um CFO que pague tudo quase sem reclamar.
Tenha encontros da network em Istambul, Machu Picchu,
Kenya. Destrua uma campanha de pitch na véspera de
carnaval e passe quatro dias sambando pra ter uma ideia.
Dirija mais de três mil quilômetros em cinco dias para
ganhar uma conta de carro. Tenha a humildade de chamar
gente de fora pra dar pitaco quando você não souber algu-
ma coisa. Chame os clientes para conhecer a cozinha. Crie
junto com eles. Ganhe dez Leões primeiro e ache que não
está bom. Depois 11. Depois 16. E continue achando que
não está bom. Leve o atendimento para andar de limo em
Nova York para comemorar um Gold Pencil no One Show.
Comece uma agência com o primeiro nome do fundador.
Dê festas que façam estranhos pararem na porta da
agência pra perguntar quanto custa pra entrar na boate.
Bata com uma espada de plástico nos seus clientes. Vá
a shows do Fábio Junior. Assista a todos os filmes do
Van Damme. Seja uma pessoa absolutamente normal e
imperfeita. Nunca deixe de acreditar.”
Para provar queHellmann’s combina comtudo, aOgilvy
criou a Food Slot, umamáquina quemistura ingredientes,
dá a receita comHellmann’s e ainda entrega uma amostra
quente e fresquinha para o consumidor experimentar
