O coelho e a
tartaruga
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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
/
F E V E R E I R O
D E
2006
AUTOR
mou que para entender o con-
sumidor devemos observar aten-
tamente seu cotidiano, integrado
ao contextohistórico, sociocultural
e econômico.
JUANANTONIOGINER
,diretordo
Innovation, grupo internacional de
consultoria de mídia, destacou a
necessidade de uma atitude posi-
tiva e curiosa frente às grandes
oportunidades tecnológicas, afir-
mando que, mesmo com todo
avanço, as palavras-chaves para o
futuro continuam sendo idéias e
talento.
JOSÉ FRANCISCO QUEIROZ
,
publicitárioemembrodoConselho
Superior da ESPM, reforçou a im-
portância da questão social e o
desafiode inserir a publicidade nas
novas plataformas tecnológicas
como integradaenãocomo intrusa.
LAURA GRAZIELA
, professora da
Universidade Federal Fluminense,
apontou a integração simbólica,
cultural e estética na relação do
consumidor com a mídia, com o
surgimento de novas apropriações
das mensagens e novas formas de
sociabilidade.
MARCELO SANT´IAGO
, presi-
dente da Associação de Mídia In-
terativa, enfatizouanecessidadede
focarmos esforços na relação entre
a tecnologia e o consumidor, lem-
brando que a interatividade inde-
pende da plataforma.
PAULOSTEPHAN
, diretor demídia
da Talent, revelou a sensação de
“dormir e acordar ultrapassado”,
lembrando que o planejamento de
mídia é hoje uma equação com
muitas e novas variáveis, o que
torna o quadro ao mesmo tempo
interessante e assustador.
THOMAZ SOUTOCORRÊA
, vice-
presidente do Conselho Editorial
doGrupoAbril, observouo cresci-
mento dos leitores eletrônicos e o
declínio dos leitores “de papel” e
afirmou que a internet não é des-
truidora da mídia impressa, mas
um poderoso aliado que indica o
caminho para sua sobrevivência.
O artigo deve crédito também a
fontes bibliográficas, de onde
foram extraídas as seguintes
proposições:
O deslocamento das identidades
parciais parauma visão focadanas
intersecções, onde interesses e
visõesdemundo seencontram,pro-
posto pelo antropólogo Néstor
RICARDOZAGALLOCAMARGO
Coordenador executivo do Centro de
Altos Estudos de Propaganda e
Marketing da ESPM; doutorando e
mestre em Ciências da Comunicação
pela Escola de Comunicação e Artes
da USP.
Canclini, autor de
Consumidores e
Cidadãos
.
Aquebradovínculodanossaexpe-
riência pessoal à das gerações
passadas, um dos fenômenos mais
característicos e lúgubres do final
do século XX, apontado pelo
historiador EricHobsbawn, no livro
Era dos Extremos
.
A percepção das coisas entendida
comouma relaçãodeescolhaentre
o sujeito eoobjeto e a convocação
para uma atitude de respeito pelo
outro, explicitadas pela psicóloga
social Ecléa Bosi no texto
Entre a
Opinião e o Estereótipo
.
Para finalizar, é indispensável citar
duas referências de longa data:
A frase latina
festina lente
(apressa-
te lentamente), que, associada à
imagemdeum golfinhodeslizando
em torno de uma âncora, decorava
as capas de todas as publicações
deAldoManuzio, editor veneziano
que, em 1453, “inventou” o livro.
A fábula
A lebre e a tartaruga
, atri-
buída a Esopo, um suposto escravo
grego, que vem sendo contada e re-
contada hámais de 2.500 anos.
A fábula
A lebreea tartaruga
,
atribuídaaEsopo, um supostoescravo
grego, quevemsendocontadae
recontadahámaisde2.500anos.
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