A inevitável convergênciada
Mídia coma tecnologia
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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
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F E V E R E I R O
D E
2006
Com relaçãoaoscelulares,
oBrasil jáatingiu82
milhõesdeusuários.
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Na realidade, além do acréscimo
das atividades, por parte da
população, a tecnologia vai se
incorporando ao dia-a-dia, via-
bilizando novas oportunidades de
negócios e esta tendência não é
mais regional, mas sim globa-
lizada. Quem deu o início foi o
computador,depoisvieramosPDAs,
DVDs, a Internet, o MP3, a foto
digital, os PVR – Personal Video
Recorder, celulares digitais, iPod
com vídeo, etc. Em função da
digitalização, que universalizou a
tecnologia e como decorrência a
mídia, foram introduzidos novos
conceitos em comunicação,
principalmente no áudio e na
fotografia. O advento doMP3, por
exemplo, que revolucionou o
mundo da música, afetando o
modelo das gravadoras, acabou
trazendo oportunidades, como
exemplo de sucesso do iPod da
Apple. Também a foto digital tirou
do mercado os tradicionais, como
Kodak, e levou a liderança para o
setor de tecnologia, caso da HP.
Com relação aos celulares, o Brasil
já atingiu 82milhões de usuários. O
problema agora é como fazer negó-
cios de marketing e comunicação
através deles. Porém, emmenos de
cincoanos,coma introduçãodo3G,
teremos nãoapenas oacessoà inter-
net embanda larga,mas tambémáu-
dioevídeocomenormecapacidade.
Estaconstataçãoestáprovocandono
Brasil uma reação sem precedentes,
dos maiores grupos de mídia, pois
perceberam tardiamenteque as teles
poderãoentrarnomercadodas tevês
e rádios e, como sabemos, o inverso
não é possível. O
site
brasileiro de
propagandaeconvergênciaAdNews
) acaba de
informar que uma das enormes
surpresas nos novos contratos de
concessãodas empresas de telefonia
foi a inclusão de uma cláusula que
não estava programada, fazendo
referênciaexplícitaànecessidadede
se respeitar o artigo 222 da nossa
Constituição. Este artigo é o que
determina as regras para a explora-
ção dos serviços de radiodifusão,
comunicação social eletrônica e
meios impressos. As empresas
operadoras de telefonia acharam
curioso que a Anatel tenha intro-
duzidoestedispositivosem falarcom
ninguémdo setor. SegundoaAnatel,
odispositivo foi introduzidoapedido
da Casa Civil, através do Ministério
das Comunicações.
Ou seja, pormais absurdoquepare-
ça,elesestãoquerendo regulamentar