Janeiro_2009 - page 17

Luiz Edmundo
Prestes Rosa
janeiro
/
fevereiro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
17
comocontenciosoe tampoucocomos
danosdeclimae imagem.Oproblema
viraumaquestãododepartamento jurí-
dicoedajustiçadotrabalhoqueotempo
converteráemnovoscustos.
Eventos como esses, emque apressa
e a forma comprometem as decisões
e suas aplicações, ocorrem com fre-
quência em tempos de crise. Seria
uma faltade sensibilidadepensarque
não afetam a imagem da empresa, o
climaeaprodutividadedasequipes,a
retençãode talentoseque,ainda,não
deixemcicatrizesfinanceiras.
Há casos evidentes emquemedidas
apressadas acabaram ficando mais
caras que a economia pretendida. É
o chamado “efeito iatrogênico”, tão
conhecido pelamedicina, quandoo
pacientemorreporcontado remédio
ministradoparacurá-lo.
Medidasdefensivase isoladasrefletema
faltadepensamentoestratégico, criativi-
dadeeousadia.Quandoseésubjugado
poresseestadodeespírito,acriseseespa-
lhaeagravaaindamaisosresultados.
ComoaGestãode
Pessoas podeajudar?
Diante de uma conjuntura de pouca
previsibilidade, não sabemos em que
medida a crise irá nos atingir e por
quanto tempo.
Ébom lembrarquecrisessãoápicesdo
desequilíbrioqueprecedemumanova
visãoeumanovaordemnopensamen-
to. Assim como chegam, também vão
emborasemsobreaviso.
Nossas atitudes e ações durante a
turbulência terãoprofundos reflexos
sobreo futurodasnossasorganiza-
ções. Por isso, a gestão de pessoas
pode nos ajudar a nos posicionar
adequadamente frente à tempesta-
dededemandas, contribuindopara
promover a empresa na retomada
do crescimento. Entre tantas ini-
ciativas possíveis, destaco 3 forças
transformadoras para a superação
que o momento exige: liderança,
inovação emobilização.
A Força
Transformadora da
Liderança
A crise não é amesma para todos.
Depende, essencialmente, de
como nos posicionamos. Quando
assumimos opapel deverdadeiros
líderes, fazemosdacrise lá foraum
momento de inspiração dentro da
nossaempresa, um imperativopara
refletir, inovar, mudar e agir.
Portanto, nessas horas é fundamental
estimularasequipesapensareusartoda
asuacriatividade.Daíaimportânciade
compreenderbemosacontecimentose
as tendênciasmaisprováveis, antesde
agir.Comserenidade,atéanossa intui-
çãoseaguça,eestaserádegrandevalia
nasdecisõesa serem tomadas.
Precisamos lembrar que o mundo
já passou por incontáveis crises ao
longode suahistóriae sóas superou
quando agiu com visão, coragem e
determinação. Por isso, em tempos
difíceis, as empresas precisam,mais
do que nunca, de líderes responsá-
veis,construtivos,capazesdemobili-
zar suasequipesparaempreenderas
mudanças necessárias e alcançar os
melhores resultados possíveis.
Éhorade:
v
Rever estratégias
e, sempre
quepossível, de formaparticipativa.
Isso serádegrandevalia tantoparaa
“calibragem”adequadadasdecisões,
quantoparaocomprometimentodas
equipes para sua execução.
v
Reuniras lideranças
para
entender e tratar suas expectativas,
idéias e propostas, aproveitando
para definir prioridades e dar
direções para as equipes. É um
erro crasso cortar encontros e
eventos de mobilização, quando
mais precisamos de alinhamento
e engajamento.
v
Falaraverdade
comoelaé,
de forma direta e frequente, exer-
citandoodiálogo e transparência.
Atitudes maduras e responsáveis
atuam sobreoclimade inseguran-
ça e boataria, reforçando a con-
fiança nos líderes e a autoestima
das equipes.
v
Pedir foco no que é es-
sencial
, deixando claro que não
se vai abrir mão dos princípios e
valores.Mesmohavendouma forte
demanda por resultados, não se
podepassarumamensagemdeque
está autorizado o vale-tudo.
v
Solicitaraoslíderesomá-
ximo de atenção
com as suas
equipes. Elas vão precisar do seu
apoio, acima de tudo. Os ânimos,
em alguns momentos, podem ficar
à flor da pele, mas precisa haver
tolerância, compreensão e solida-
riedade. Em qualquer descuido, os
talentos serão os primeiros a sair.
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