Mesa-
redonda
R e v i s t a d a E S P M –
maio
/
junho
de
2009
102
terminado, mas eles renasceram,
proliferamhojepelomundo:omuro
doMéxico, omuro da Cisjordânia,
omuroda favela, omuro virtual da
Europa, a muralha eletrônica. Vejo
issocomodesesperofinal, achoque
esses muros não vão conter esse
impulso de permeabilidade que se
vê nomundo. Essa história que ve-
mos na sala de aula francesa nesse
filme já é o mundo de hoje. Cada
vez mais será esse omundo e não
haverámuroque segure.
Jorge Montecinos
– Nos
últimos anos, temos vivido o fim
de tudo: o fim da história, o fim
da simbologia, o fim do sistema...
Mas não há nada que termine, e
todos terão um eterno retorno.
Citar a vontade de potência, de
Nietzche, que diz “se nós acre-
ditarmos, nós conseguiremos”.
Precisamos manter esse sonho,
essa vontade de dizer “nós sere-
mos bons, porque somos justos,
porque somos bons”. Isso é uma
coisa queme faz acreditar no que
nasce entre os muros da escola
que citou o Roberto e nos enche
de orgulho porque não será nega-
tivo.Vai dar-nos a unidade dentro
da diversidade.
RosaAlegria
–Soupositivanami-
nha visão – e achoque estamos as-
sistindo aonascimentodeumnovo
modelo civilizatório. Como disse
antes, “não se dá semdor”, ele tem
de ser rompido, explodidopor uma
rupturado velho comonovo; acre-
dito na evolução do ser humano,
acredito que essa individualidade,
essemovimentode“individualismo”
não seráum individualismoegoísta,
masum individualismoembuscade
uma essência.
JRWP
– Jung falavada individuação.
RosaAlegria
–De fatoéomelhor
conceito, para resgatar esse encon-
tro com nós mesmos. A primeira
mudançacomeçapelo indivíduo.Eu
trabalhocomos15DesafiosGlobais
doProjetoMilênioesemprepergun-
toqualéomaiordesafioparavocê–
todosestão interligados: aáguacom
a saúde, injustiça social. O grande
desafio paramim e para a humani-
dade é amudançadementalidade,
é a lente pela qual nós vemos o
mundo. Se conseguirmos perceber
o mundo, adotar novas métricas,
novos valores, resgatarmos a ca-
pacidade de sonhar e enriquecer
a nossa linguagem positiva, olhar
para frente,nóspodemosconseguir.
Padre Christian
– É hora de
consumirmos esse artigo tão im-
portante, que é o pensar, porque
não somos máquinas e sim ho-
mens e mulheres que pensam. E
somos, também, agentes sociais,
agentes de transformação, e pre-
cisamos redescobrir a importância
da cidadania planetária; o respeito
pela biodiversidade de cultura da
humanidade. E rever justamente a
questãodosnossosvalores,masem
conjunto, e pela democracia.
Gracioso
–Oconsensoestáclaro
para mim: é a hora de sonhar, é a
hora de acreditar que os sonhos
podem se realizar, embora os inte-
}
Ricos epobres, talvez;masnão
árabes e judeus...
~