Emmanuel
PublioDias
,Marcelo
Coutinho
e Vinicius
Andrade
maio
/
junho
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
105
utilização da internet. Segundo
o relatório “Global Faces and
Networked Places”, da Nielsen
Online, onúmerode usuários dos
chamados “sites decomunidades”
(Orkut, Facebook, Twitter, Flickr
etc.) superou o de usuários de
e-mail
no ano passado e, ao lado
dos
sites
de vídeo, são os que
mais crescem em termos de nú-
meros de usuários e tempo gasto.
Esse processo é particularmente
agudo entre os brasileiros que
utilizam regularmente a rede, um
número que varia entre 60 e 65
milhões de usuários, conforme a
fonte consultada (Comitê Gestor
da Internet no Brasil, DataFolha,
IBOPE). Para a Nielsen Online,
cerca de 23%do tempode usoda
internet residencial emnossopaís
é dedicado a essa modalidade, a
taxa mais elevada nos 10 países
monitorados para o estudo. Outra
pesquisa, de autoriadaComScore
MediaMetrix,mostraque, entreos
países latino-americanos, o Brasil
lidera na utilização desse tipo de
site, com 85,3% dos usuários de
internet no País, contra 80,1% no
Chile, 79,6%naColômbia, 77,1%
na Argentina e 73% no México.
Pesquisas internas daGoogle Inc.
confirmam esses números. Segun-
do Alexandre Hohagen, diretor
geral da empresa para a América
Latina, “para muitas pessoas na
região, a internet já se tornouparte
do sistema de relacionamento so-
cial.NoBrasil, por exemplo, cerca
de 80% dos internautas utilizam
esses
sites
para trocar informa-
ções com amigos, conhecer novas
pessoas, trocar músicas, vídeos
e postar fotos” (
com/Article.aspx?id=1006870)
A combinação dessas tendências
tem o potencial de alterar o rela-
cionamento entre empresas, con-
sumidores e amaneira pela qual as
organizações constroem emantêm
sua reputação. Se antes “advoga-
dos” ou “detratores” de umamarca
possuíam capacidade limitada de
editar as mensagens publicitárias e
divulgar sua experiência com um
produto ou serviço, os novos for-
matos de digitalização modificam
completamente esse quadro.
Omodelo econômico
da publicidade
demassa
A proposição de assuntos à agenda
da opinião pública tem uma longa
tradição nos procedimentos de
comunicação comercial e talvez
seja ainda mais antiga do que a
própriapublicidade.Hádécadas,os
profissionais de Relações Públicas
se esforçam para manter um bom
relacionamento com a imprensa,
seja por meio de programas espe-
ciais de relacionamento, seja na
produção de pautas e
dossiês
de
interesse das empresas para quem
trabalham. A lógica por trás desses
procedimentos está assentada na
teoria, já bastante demonstrada, do
Agenda Setting (McCombs& Shaw,
1972), segundo a qual os assuntos
propostos pela mídia antecipam e
conduzem a opinião pública.
Comoaprimoramentodas técnicas
publicitárias, aevoluçãodoalcance
eo impactodosmeiosdecomunica-
çãodemassa,houveuma tendência
de seprivilegiar essa técnica (publi-
cidade), quepassouaconcentraros
investimentos, esforços e talentos,
resultando, obviamente, na maior
capacidadedeproduçãode impac-
tos nos públicos-alvos, na maior
cobertura e namaior possibilidade
de produzir esses impactos com
mais frequência. Este é o modelo
Onúmerodeusuáriosdos chamados“sitesde
comunidades” (Orkut, Facebook,Twitter, Flickr etc.)
superouodeusuáriosde
e-mail
noanopassado.
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Divulgação
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