março
/
abril
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
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Contextoe tecnologia
Não é necessária uma lupa para perceber que a
exacerbaçãoeo incentivoaquantificaçõessuper-
lativas dãoo tom à vida contemporânea,muitas
vezes compartilhando rápidas mudanças à sua
própria efemeridade: populaçãourbana, compe-
titividadeprofissional,volumedecarrosvendidos,
alternativasdemarcas,modismos,modosdevida,
mídiasefarturadeinstrumentosdecomunicação,
consumidorescadavezmaiscríticosetribalizados,
softwares
e
chips
são alguns exemplos damulti-
plicidade de estímulos e de sinais que também
caracterizam a pós-modernidade, o que sugere
estar o homem contemporâneo imerso em im-
pactos comportamentais e sociais que aceleram
sua realidadeà luzdas constantes inovaçõesque
tanto a tecnologia quanto as formas de comu-
nicação trazem para seu contexto pessoal. Sem
esquecerque,“sejaassistindoà televisão,abrindo
a correspondência ou passando, agora, [vive-se]
emummundodemarcas
1
”.
Se,porumlado,essenovocenáriopodeserinquie-
tante,possui igualmenteumadosede ineditismo
ededesafioqueo tornaencantador, transgressor
edesafiador.Houveum tempoemquemigrardo
rádioparaa televisão representavacoragem,pois
aapostaresidianofimdoprimeiro.Essaatitudee
essediscursosãohojeassociadosà interatividade
eaomundovirtualqueatecnologiaeaweb favo-
recem cada vezmais, ainda que profetas apoca-
lípticosvejam,porexemplo,um imediatofimdos
livrosapartirdoKindle–esquecendo-sedeque
as emissoras de rádio ainda existem e possuem
sitescomimagensdosprogramastransmitidosem
primeirainstânciaporsuasondasmédiaseapenas
em áudio. A análise preliminar aponta para um
antagonismoradicalentreofimeaadaptabilidade.
Masseriaessa realmenteaquestão?
Outracaracterísticapresenteemtemposmidiáticos
atuaiséapressãoexercidapela tecnologiaatravés
deseucontínuoe,porvezes,extenuante,
trazerde
inovações
– traduzidos em quantidades de sites,
de internautas conectados, de celulares vendidos
e em operação, de redes sociais etc. Quando se
conseguecompreenderumanovidade,percebe-se
queelaenvelheceufrenteaalgosurgidohápouco.
Em2007,grandes investimentosforamfeitospara
conectar marcas a pessoas por meio do Second
Life–quehojejazempaznoporãodaarqueologia
digital.Blogseramatônicadasredessociaishádois
anose,hoje,sãoajudadospormídiassociaiscomo
Twitter, com ramificaçõesherdadas e turbinadas
LeonardoGomes
