março
/
abril
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
47
NOTAS
1.
“TheFaith of aHumanist”(ensaio), KennethPhife.
2.
Texto extraído do site
humanismo.htm em17/09/2009.
3.
Texto extraído do site
humanismo.htm em17/09/2009.
4.
Mitologia -UmEncontrosobreoBelo, JustoeoNobrena
Visão dosAntigos - EditoraUniversidadeFalada.
5.
VíciosPrivados, benefíciosPúblicos?Aéticana riqueza
das nações, EduardoGiannetti, CompanhiadeBolso
paraosaudosismoouparaosdevaneios.Masdeve-
mosnosenxergarcomoumaponteentreopassado
eofuturo,multiplicandoaherançaquerecebemose
transferindo-aparaasgeraçõesvindouras.
Opensamentocrítico
éessencial à inovação
eàsmudanças
Éevidentequevaloresmorais,porsimesmo,não
podem garantir a perenidade de uma empresa.
Comojádissemos,trata-sedeumpré-requisitoes-
sencialquenospermiteenxergarcommaisclareza
overdadeiro sentidoepapel daempresanavida
daspessoasenasociedadeàqualpertencemos.
Naverdade,éaprópriafilosofiahumanistaquecria
umadiferençafundamental,distinguindoagestão
humanistadagestão-máquinae transformandoa
empresaemumorganismovivo, dotadodepen-
samentocrítico.Nãohánadamais importantedo
que isto,paraosucessodequalqueratividadeem-
presarial.Osentidocríticoeopensamentocriativo,
sempreembuscadesoluçõesparaoproblema,são
osfatoresqueconduzemàinovaçãoeàsmudanças.
Paraconcluir, transcrevemosabaixoumpequeno
trecho do artigo escrito por RicardoGuimarães,
um dos pioneiros no estudo e na introdução de
valores humanistas na gestão de empresas em
nosso país. O artigo foi publicado na
Revista da
ESPM
de janeiro/fevereirode2009: “AFundação
NacionaldaQualidade–FNQapresentaumanova
definiçãodeempresanoseuModelodeExcelência
deGestão: ‘Empresaéumsistemavivo integrante
deumecossistemacomplexocomoqual interage
e do qual depende’. De fato, umamáquina não
aprendeenãoevolui, aocontráriodeumsistema
vivoquesedefineprincipalmenteporsuacapaci-
dadedeaprender, seadaptareevoluir.
A conclusão é simples: quantomais a tecnolo-
gia se instala em nossos processos e relações,
maisoserhumanose torna importanteparaas
organizações e a sociedade em geral. Antiga-
mente–temposdepoucatecnologia–,valorizar
o humano na gestão das empresas era uma
virtude do gestor ou um cinismo corporativo
que surgia embalado em festas de fim de ano
ouemdiscursos institucionais.Hoje,considerar
ohumanonagestãopassoua ser competência
essencialparagarantirofatormaisfundamental
dacompetitividadee,consequentemente,dape-
renidadeempresarial:aagilidadedeadaptação
(ou
time tomarket
).”
Numa outra ordem de ideias,
diríamos que o ser huma-
no reassume um papel vital
devido ao fracasso da visão
mecanicistadomundoqueher-
damos dos séculosXVIII eXIX,
segundo a qual tudo pode ser
determinado e a ciência teria res-
postas para absolutamente tudo. Daí
vieram os sonhos de que asmáquinas
poderiam substituir os seres humanos,
mashoje, por contado reconhecimento
da incertezaedequemesmomáquinas
ultrassofisticadas também falham,oser
humano assume novamente papel de
importância.Umacomparaçãomórbida,
mas talvez verdadeira, poderia ser feita
entreBoeingeAirbus.ABoeingacredita
maisno julgamentodopilotoqueaAir-
bus, que confiamaisnos sistemas.Mas
só sevêAirbus caindo!
ES
PM
Arquivo
FRANCISCOGRACIOSO
PresidentedoConselhoEditorial.