Valores, o fundamento invisível das civilizações
R E V I S T A D A E S P M –
março
/
abril
de
2010
54
M
uitos hoje acreditamque cimento,
aço,vidro,asfaltoeutensíliossejam
evidências de civilização, e que
o grau de desenvolvimento dela seja indicado
por comoessasconcretudessãoutilizadas.Com
aquelestrêsprimeirosentesmateriaissãoerigidas
construções,comoquartofacilita-seotransporte,
ecomoquintoocotidianose fazoperacional.
Noentanto,vezououtra,nessesmesmosambien-
tes físicos irrompem inequívocas evidências do
quechamamosdebarbárie.Violência,desrespeito
àsleis,descréditodasinstituiçõeslegais,dosdirei-
tosconstitucionais,humanosetc.Cabe,portanto,
a pergunta: o que faz vigorar a civilização? O
títulorespondeuaesta indagação.Cabeaoartigo
refletir sobreosentidodoquenele foi afirmado.
Entende-se por civilização “o conjunto de aspec-
tos peculiares à vida intelectual, artística,moral e
materialdeumaépoca,deumaregião,deumpaís
oudeuma sociedade” (Houaiss).Oquevitalizaa
atividadeintelectual,artísticaematerialsãoentãoos
valores, istoé,“oconjuntodeprincípiosounormas
que,porcorporificarumidealdeperfeiçãooupleni-
tudemoral,deveserbuscadopelossereshumanos”.
São,portanto,distintoso idealdeperfeiçãoeocon-
junto de princípios e normas que o corporificam.
Estesúltimos sãogeradosno interiordeuma civi-
Valores
, o fundamento
invisível dascivilizações
Os valores temporais emanam de valores perenes
nos quais se inspirammesmo quando isso perma-
nece esquecido.
por
G
ustavo
P
into
