Revista ESPM - jan-fev - Santa Internet - page 43

janeiro/fevereirode2013|
RevistadaESPM
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para esse conteúdo, como QR codes, publicidade móvel,
links
via SMS etc. No Brasil, há vários casos de marcas
tradicionais em
e-commerce
que obtiveram resultados
impressionantes quando lançaram suas versões móveis.
ANetshoeséumexemplo.Atualmente, a lojavirtualmóvel
da marca já representa 4% das vendas, com previsão de
chegar a 10% no final de 2013.
O UOL, que já possuía uma versão móvel do Shopping
UOL desde 2007, após reformular esse canal, em 2012,
com base em HTML 5, obteve um crescimento de 693%
em visitantes únicos ao site e 390% em visualizações de
páginas, apenas 30 dias após o lançamento da nova ver-
são, segundo dados apresentados durante o
Mobile-se Já!
,
promovido pelo IAB Brasil, em junho de 2012.
Outro case apresentado no evento do IAB Brasil foi o do
Magazine Luiza, que também lançou a versão móvel de
seu siteno iníciodoanopassado. Eles constataramque em
2011 houve umaumentomuito significativo do número de
acessosaositeviadispositivosmóveis,quejásomava2%do
totaldevisitas,porémacompanhadodeumaaltataxadere-
jeiçãoebaixonúmerodepáginasvistaspor essesusuários.
Já no lançamento da versão beta do site móvel, em janeiro
de 2012, houve uma queda de 73% na taxa de rejeição e um
aumento de 134% no número de páginas visitadas pelos
usuáriosmóveis. Logo emseguida, o site foi aprimorado, o
que fez essa taxa de rejeição despencar aindamais e levou
a umaumento de 36% na taxa de conversão.
Por último, os QR codes e códigos 2D começam a ser
utilizados por marcas, varejistas e editores de mídia no
Brasil para captar a atenção dos consumidores devido
ao grande potencial de engajamento que apresentam.
Apesar de depender da instalação de um aplicativo de
leitura no dispositivo móvel, o que pode ser considerado
umadesvantagem, essa éuma ferramentadebaixocusto,
capaz de direcionar a interação do consumidor em locais
específicos, uma forma simples de geolocalização. Os có-
digos podem ser combinados a outros meios específicos,
comomídia impressa, TV, vitrinesde lojas, embalagensde
produtos etc., criando uma camada digital de interação, o
que também é uma forma de criar realidade aumentada.
NoNatal de 2011, a TAMdisponibilizouQR codes nas ja-
nelasdasaeronaves,que,quandolidosatravésdeaplicativo,
permitiamavisualizaçãoviacâmeradeumPapaiNoelcom
suas renas voando pela janela.
Em novembro de 2012, a agência Y&R criou um anúncio
interativoparaoTNTEnergyDrink,energéticooficialdaScu-
deria Ferrari, usando QR codes. O anúncio que circulou em
jornaiserevistas,convocandoopúblicoatorcerpelospilotos
FelipeMassaeFernandoAlonsonoGPdoBrasil,reproduziaa
bandeiraquadriculadaempretoebrancoondeasmarcações
pretas foramfeitas comQRcodes. Quando lidos, os códigos
revelavammensagens emvídeo, de apoio aos pilotos.
Existe uma série de outras possibilidades de integração
transmídia e de tecnologias que podem ser exploradas. A
integração a mídias sociais, por exemplo, é algo que pode
e deve ser praticado e a plataformamóvel oferece o cenário
perfeito para essa integração.
Há uma grande variedade de tecnologias móveis dispo-
níveis nãomencionadas aqui como Bluetooth, NFC, MMS,
mobile
vídeo/TV etc. Mas o
mobile marketing
é muito mais
que tecnologia. Nesse cenáriomóvel, oque importaprimei-
ro é o que a marca pode e quer oferecer aos consumidores
(serviços, entretenimento, conteúdo), éentregar umaexpe-
riência transmídia inteligente e bem orquestrada para que
o consumidor se conecte àmarca. A tecnologia empregada
será consequência dessa estratégia.
É importante ressaltar que no Brasil já há uma quebra
de paradigma sobre o custo-benefício do canal móvel. As
marcas já perceberam que os consumidores são móveis e,
comisso,investemcadavezmaisemcampanhaseprojetos
comresultado efetivo. Em
mobile
paga-se sempre por dados
100%mensuráveis, logo é preciso planejar, experimentar e
medirparaentenderoquefuncionaparacadamarcadentro
de sua estratégia global demarketing.
Silviane Rodrigues
Engenheira de Telecomunicações e mestre pela UFF. Atualmente
trabalha na Acision como gerente de desenvolvimento de
negócios para LATAM. É professora de Mobile Marketing na
ESPM e também ministra palestras na área
Nãohámais como frear o acesso à internet via celular. Logo, as empresas
precisaminvestir emumsitemóvel e, assim, abrir portas para trabalhar
outras formas de engajamentoque direcionemo internautapara
o conteúdodesejado, comoQRcodes, publicidademóvel e
links
viaSMS
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