janeiro/fevereirode2013|
RevistadaESPM
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grande impacto nos negócios, pois
confronta duas mídias poderosas:
a escrita e a digital. Na mente dessa
menina de três anos, o meio digital já
ganhou. A partir daí, as empresas têm
duas escolhas: adaptar-se ao novo am-
biente oumorrer. E o ponto de partida
para essa adaptação é omarketing.
Gabi
—
Para atrair a atenção dos in-
ternautas, a publicidade no mundo vir-
tual apresenta cada vez mais conteúdo
e entretenimento para esse público.
Mas, quando o assunto é marketing
digital, o que realmente funciona?
Lima
— Marketing é ressonância,
que depende do engajamento do con-
sumidor. O cliente precisa ouvir e
repercutir a sua mensagem. A mágica
só acontece quando a campanha e,
principalmente, o produto atendem
aos desejos desse consumidor. Daí
a importância de conhecer o perfil
desse cliente e saber exatamente qual
é o negócio da empresa. O produto é
parte do negócio, mas o negócio vai
muito além do produto comercializa-
do. É a famosa história da venda da
furadeira: o que o consumidor compra
ao adquirir esse equipamento é a pos-
sibilidade de fazer um furo na parede.
O marketing depende da ressonância
da mensagem, que acontece quando
existe o engajamento do consumidor.
O cliente precisa ouvir e repercutir a
mensagem das empresas. Caso con-
trário, a mágica não acontece. O ne-
gócio da Apple, por exemplo, é vender
emoção, e não tecnologia. Para isso, a
embalagemde cada produto — do iPod
ao MacBook Pro — é cuidadosamen-
te pensada para proporcionar uma
experiência de compra agradável e a
sensação de que o cliente adquiriu um
itemde qualidade superior.
Gabi
—
Se você tivesse de montar uma
campanha para a sua empresa, como
dividiria a verba de marketing?
Lima
— Difícil dizer, mas começaria
investindo em redes sociais para
descobrir quem são os meus clientes.
Depois, realizaria ações de engaja-
mento, oferecendo os produtos mais
adequados ao perfil deles. Investiria
também em SEO (
Search Engine Op-
timization
), já que todos buscamos
respostas no Google. Independente-
mente da área de atuação da empresa,
hoje não se pode mais ignorar a mídia
digital. É preciso estar atento a isso.
Afinal, quando o primeiro automó-
vel foi produzido, ninguém poderia
imaginar que ele fosse acabar com a
indústria de chapéus.
Gabi
—
O futurólogo Ian Pearson afir-
ma que até 2050 a sociedade irá viven-
ciar a imortalidade eletrônica. Já em
2070, as pessoas estarão usando a TI
como extensão de seus cérebros. Para
você, como será o futuro da internet?
Lima
— Estamos nos afogando em
um mar de informações. Então, a
tendência da internet é ficar cada vez
mais simples e fácil de ser acessada
por meio de
devices
que serão incorpo-
rados no dia a dia das pessoas. Como
disse McLuhan, a tecnologia é a ex-
tensão do homem. A tecnologia digital
é extensão do nosso cérebro, da nossa
memória. E a tendência é que ela fique
cada vezmais próxima do homem.
OnegóciodaApple é vender emoção, e não tecnologia.
Para isso, a embalagemde cadaproduto
é cuidadosamente pensadaparaproporcionar
uma experiênciade compra agradável