Janeiro_2006 - page 20

Mídia:
o futuro jáchegou
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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
/
F E V E R E I R O
D E
2006
clusão. Esses números fornecidos
pela
Intermeios
mostram que nesses
dezanosos anunciantesdeprodutos
de consumo e de bens duráveis,
comoalimentos,produtosdehigiene
e limpeza e utilidade doméstica
caíram drasticamente de impor-
tância. O varejo, como anunciante,
TOTALDE INVESTIMENTO EM PROPAGANDA
NIELSEN
INTERMEIOS
FONTE
1994
2004
VARIAÇÃO
US$
US$
%
3.874
6.603
4.607
4.635
18
-30
Figura2
também perdeu importância. Em
compensação surgiram em 2004
muitos setores novos que prati-
camente não anunciavam em 1994.
Nãoédifícil adivinhar oqueacon-
teceu. Os fabricantes de produtos
de consumo e bens duráveis não
fazem mais da propaganda o seu
meio básico de comunicação com
o mercado. Eles continuam preo-
cupados com a defesa de sua ima-
gem de marca, mas, pressionados
pela concorrência, estão sendo
obrigados a investir no ponto-de-
venda uma boa parte do que antes
destinavam à publicidade de
marca. São comuns os casos de
grandes empresas fabricantes de
produtos de consumo que hoje
investem em comunicação no
ponto-de-venda (
merchandising
,
aluguel de espaços, demonstra-
ções e promoções, campanhas
cooperativas etc.) mais do que
investem no conjunto de mídias
ditas tradicionais.Omesmoocorre
com os fabricantes de bens e
utilidades eletrodomésticas, reven-
didos através das grandes lojas do
tipo da Casas Bahia, Magazine
Luiza, Marabrás, Ponto Frio etc.
Apenas uma dessas lojas – Casas
Bahia – responde pela venda de
12% a 15%de todos os televisores
Investirnoponto-de-vendaumaboapartedoqueantesdestinavamà
publicidadedemarca.
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