Convergênciadamídiae
o futurodosveículos
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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
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F E V E R E I R O
D E
2006
C
onversa vai, conversa vem, meu
interlocutor, seja lá quem for, não
resiste: E o futuro da mídia, como
será? Respiro fundo e, quandome
preparo para responder, uma
simples pergunta se transforma em
um interrogatório: Os jornais vão
mesmo acabar? É verdade que não
teremos mais aparelhos de rádio e
televisão nas nossas casas e o
celular vai substituir tudo isso?
Toda a informação de que precisa-
mos estará na internet? Pois é. E
você, que se interessou em ler este
artigo, que mistério pretende
desvendar nas próximas páginas?
Diante da implacável revolução
tecnológica que estamos presen-
ciando, as perguntas se multipli-
cam muito antes que tenhamos
fôlego para respondê-las. E, para
que eu não caia nesta tentação,
vale a pena lembrar alguns dos
mais célebres erros em previsões
do futuro já cometidos pelos ho-
mens. Para ter uma idéia do risco
– ou da armadilha – de se tentar
antecipar o futuro, bastapensarmos
na declaração do então presidente
da IBM, Thomas J. Watson, em
1943, quando disse: “Existe um
mercado mundial para não mais
queunscincocomputadores”.Mais
de três décadas depois, em 1977,
o presidente daDigital Equipment,
Kenneth Olsen, também entrou
para a História quando afirmou:
“Não há nenhuma razão para um
indivíduo ter um computador em
casa”. EquemduvidariadoPrêmio
Nobel de Física, Robert Millikan,
em 1923, ao comentar: “Não há
perspectiva alguma de que o ho-
EO FUTURODOSVEÍCULOS
CONVERGÊNCIA
DAMÍDIA