Luiza
Helena
janeiro
/
fevereiro
de
2009 – R e v i s t a d a E S P M
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estudos;criarumalojavirtual,em1991,
quandoninguémfalavanisso;criaressa
campanhadas5horasdamanhã–que
hojeoBrasilinteirofaz–,criarumapro-
pagandainterativa,tornarovarejomais
humano...Achoquecontribuímospara
alguns dos pilares que existem hoje.
Mas dizer que estou “acompanhando
omercado”émuitapretensão,porque
omercadoestá sempreà frente.
Gracioso – Você sabe que terá
concorrentescadavezmaisagressivos
– aqui em São Paulo, por exemplo,
vocêcomproubrigacomgentegrande.
Comopretendeenfrentá-los?
Luiza – Por incrível que pareça, nós
temos menos concorrentes em São
Paulo do que numa cidade de 300
mil habitantes do interior do Estado.
Na capital, a logística é diferente, o
consumidor tem suas diferenças, o
funcionário mora mais longe, quer
dizer, temos outras dificuldades, mas
– em números de concorrência – te-
nhomenos da metade do que tenho
num quarteirão de Ribeirão Preto ou
Campinas. Mas nós não viemos criar
guerra,nãoentramosestourandopreço
etc. – até porque nosso concorrente
aquiémaiordoquenós.Nósentramos,
vendendo aquilo que nós somos, a
nossacrençanaspessoas–nossos fun-
cionáriosfizeram, literalmente,anossa
propaganda–inovandonapropaganda,
inovando ao abrir 50 lojas nomesmo
dia, treinando 2.000 pessoas nos três
mesesanteriores.OMagazineLuizafoi
ousado e inovador, que são as nossas
duas qualidades, mas isso não quer
dizer que estejamos sempre à frente.
Mostramos,emSãoPaulo,quefazemos
issobem feito–eficamos conhecidos
deA aZnum tempo curto, comuma
propagandadiferenciada;pararecrutar
nossa equipe, colocamos encarte nas
primeiraspáginasdosprincipaisjornais
– recebemos 120 mil currículos, só
pelo site.Agimosdiferenteno respeito
às pessoas.Após selecionarmos 2mil,
os118milquenãoforamselecionados
receberamumamensagemminha,com
uma satisfação, umagradecimentodo
MagazineLuiza,pelo interesse...
Gracioso–Noquevocêconfiamais
como forma de divulgar e promover:
a internet, o siteoua televisão; oque
vocêvaiusarmais?
Luiza – A televisão é o veículo de
massa,aindamuito fortenoBrasil,mas
hojevocê temdecriarumacampanha
abrangente,de360graus.Nãoadianta
serfortesódeumlado.Ainternettrouxe
uma revolução à comunicação, mas,
para falar com a classe C, a televisão
ainda temuma forçamuitograndeno
Brasil.Nãoseiquanto tempovaidurar,
mas tem força. OMagazine Luiza é
muito forte no pontocom e usamos
tambémmuitos veículos de divulga-
çãodopontocomparachegaraquem
comprapela internet,maselesnãosão
opúblicodemassa.
Gracioso –Você concorda que
a internet não emociona tanto
quanto aTV?
Luiza–Depende.Fizemosparceria
com a Google onde veiculamos
filmes bem explicativos, temos a
Tia Luiza, uma pessoa eletrônica
que conversa, explica melhor os
produtos, procuramos humanizar,
também. Agora, a propaganda pela
TV é propaganda demassa e ainda
vai durarmuito temponoBrasil.
Gracioso – Falandode inovação,
vocêmesmadissequeéoseu“ponto
forte”. O que você fez e faz para
estimular essa criatividade, esse
surgimentode idéiasnovasdedentro
daorganização?
Luiza – Não temos nenhum depar-
tamentode inovação.Sobre inovação
e recursos humanos, todos os líderes
têm de estar atentos. Somos abertos
paranovascoisas,trabalhamosprofun-
damente,em1992,anossamudança;
nossa equipe está acostumada a
trabalhar commudanças, éumapos-
tura já intrínseca. Temos um site “de
palpites”, onde todos podem opinar,
elogiamos as opiniões boas; quando
apessoa se sentedono, ela senteque
podecriar coisasparamelhorar.
Ricardo–Esseespírito, que reina
hojenoLuiza,queé frutodoseupró-
prioestilo,comovocêcitou,porém,
na loja, é que as coisas acontecem,
a equipe da loja tem seus gerentes
e vendedores. Como a empresa faz
essa ligação – com treinamento e
manuais operacionais?
Luiza –Temos várias formas. Minha
imagemé forte,euapareçomuito,mas
quem trabalhaéaequipe. Somospre-
ocupados–euenossaequipe–coma
comunicaçãointernaemquetodostêm
desaberde tudoerapidamente.Temos
uma TV Executiva ao vivo, uma vez
por semana; temos uma Rádio Luiza
}
Tenho funcionários antigos que ainda são jovens...
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