Revista daESPM – Julho/Agosto de 2002
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nãooqueocontroledeveria“pretender”.
A empresa pode simplesmente que-
rer sobreviver a longoprazo, ou suplan-
tar o concorrente da esquina, ou ganhar
participação de mercado, liquidez, ren-
tabilidade etc., mas não vamos discutir
essaspretensões, poisnossoobjetivoéo
de investigar o que existe na prática so-
bre controles administrativos.
A literatura trata amplamentedessas
informações. Muitos autores acabam
considerando que obter informações é
mais importante que o “controle
gerencial” por si.
Apresentamos, a seguir, modelos ge-
néricosdecontrolesgerenciaispotencial-
menteúteisparasechecaroresultadopre-
tendidocomoobtidopelaorganização.
ciosdesuaempresacorrespondeumefeito
esperado sobre seus resultados. Este, por
sua vez, poderá coincidir ou não com o
obtidopelamesmaao finaldeumperíodo.
Variáveis externas, independentes à
organização, não podem deixar de ser
consideradas,poisafetama
performance
da empresa. Por exemplo, alterações na
conjuntura econômica do país são con-
sideradas como possíveis fontes demu-
danças nos resultados operacionais das
organizações.
Nasmodificaçõesdaconjunturaeco-
nômica há casos em que mudanças
inviabilizam ou viabilizam um negócio
dodiaparaanoite, taiscomo: alterações
napolíticacomercial relativaa impostos
de importaçãoou, ainda, interrupçõesde
fornecimento de matérias-primas
provocadas por guerras etc.
Damesma forma, ações dos concor-
rentesouumconjuntodedecisões inter-
nas desencadeiam expectativas que po-
dem ou não se concretizar dentro das
empresas. Normalmente, as firmas pro-
duzem e comercializam produtos e ser-
viços em negócios que vêm sendo viá-
veis.
No entanto, intervenções do gover-
no, dos concorrentes ou decisões inter-
nas podem levá-las aumperíodode cri-
seoua sairdelaouamelhorar sua renta-
bilidade e participaçãodemercado.
Apercepçãodosefeitosdasdecisões
tomadas pelos executivos das empresas
é uma questão importante para sua ad-
ministração.Observa-sequeessapercep-
ção pode ocorrer com atraso devido a
falhas no sistema de controle.
Um sistema de controle administra-
tivoeficaz, istoé,que“mostre”umanova
realidade, deve dispor de sensores que
subsidiem decisões para posterior com-
paração entre o efeito esperado da ação
realizada com o que realmente ocorreu.
Uma vez feita a comparação, a em-
presa desencadeará novasmedidas, tais
como manter as decisões passadas,
aprofundar a última decisão ou adotar
medidas corretivas.
Demonstrativoscontábeis, comoBa-
lanço Patrimonial, Demonstrativo de
Resultados eFluxodeCaixa, por exem-
plo, se enquadramnosModelos Clássi-
cos deGerenciamento.
A figura a seguir representa grafica-
mente oModelo Clássico de Gerencia-
mento.
Modeloclássico
de
gerenciamento
A cada ação que um executivo toma
nogerenciamentododia-a-dia dos negó-
Figura –ModeloClássicodeGerenciamento
Variáveisde conjuntura
macroeconômica epossíveis
açõesdos concorrentes
Conjuntodedecisões
anteriores
Últimadecisão
Atrasos
Efeitoesperadodasdecisões
Efeitodadecisão
Sensor
Comparação
Decisõesdemanutençãode
decisões
Aprofundar aúltimadecisão
Novasdecisõesconsecutivas