Revista daESPM – Julho/JAgosto de 2002
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trativos contábeis àsmatrizes.
Tivemos indicaçõesqueosDemons-
trativos Contábeis são utilizados pela
ampla maioria das empresas nacionais
fundamentalmente para envio aBancos
visandoaobtençãodecréditoeparacál-
culo das obrigações fiscais.
No entanto, muitos dirigentes reco-
nhecema importânciadessesdemonstra-
tivos e aparentemente têm grande difi-
culdade de entender como são elabora-
dos e como podem ser usados
gerencialmente.
É de se esperar um crescimento da
importância da Contabilidade como
instrumento gerencial nas empresas,
não só devido à “pressão” dos bancos
em obter informações mais comple-
tas de seus clientes, como também, ao
processo de globalização e de integra-
ção de mercados em blocos econômi-
cos que nossa economia está inserida.
7.
a
) Com base nos dados coletados
reforçamos a suposição de que os diri-
gentes não utilizam os Modelos
Gerenciais Clássico eAmpliado apesar
de sua extensa bibliografia.
Dessa forma, a hipótese básica do
estudo exploratório, dá pouca ou nula
utilizaçãodosModelosGerenciaisClás-
sico e Ampliado pelas organizações
pesquisadas veio a se comprovar.
Umfatorquecontribuiparaanão-uti-
lização dos Modelos gerenciais propos-
tos pelos executivos pesquisados foi que
75% deles não vinculam suas decisões a
um sistemade
feed-back
de controle.
Supusemos ver controles administra-
tivos inseridos nos Modelos Gerenciais
Clássico eAmpliado, representados por
instrumentos como os da “Industrial
Dynamics”, deGestãoEconômica, base-
ados na Teoria das Restrições, no
“BalancedScorecard”,nosDemostrativos
Contábeis, ou ainda, na ferramenta Cal-
culadora deExposição deRisco etc., se-
remutilizados, oquenãoocorreu.
Apenas trêsempresas tinhamcontro-
lescom informaçõessofisticadas,porém
semmodelos gerenciais do tipo Clássi-
co ouAmpliado.
O que verificamos, no entanto, foi o
predomíniodocálculodealguns indica-
dores isolados somados aos controles li-
gados ao caixa das empresas, sem um
encadeamento lógico que pudesse
caracterizar outra ferramenta de gestão.
8.
a
)Ao final dos trabalhos, apósa in-
terpretação e análise dos dados, consta-
taram-seduasoutrasquestões importan-
tes como fatores limitantes das conclu-
sões apresentadas pela pesquisa:
–a faltadeperguntasque relacionas-
sem a percepção ou não dos dirigentes
com a visão de vantagens competitivas
de suas organizações, e a vinculação de
controlesquepudessemmonitoraraevo-
lução dessas vantagens é;
– verificou-se a presença de contro-
les que não são deResultadoEconômi-
co ou Competitivo, mas se enquadram
numa categoria de controle deRisco de
Sobrevivência.
Poressarazão,mencionamosanterior-
mente,noscontrolesdealtaadministração,
aexistênciadeControlesdeRisco.
As idéias apresentadas em pesquisa
realizada peloSEBRAE/SP contribuem
para o entendimento do percentual ele-
vado de 60% emmédia demortalidade
das organizações brasileiras.
E se contrapõem às conclusões apre-
sentadasnaRevista
HSMManagement
(22)
pela empresa de consultoria Bain &
Companyreferenteàpesquisa“Quem tem
medodeFerramentasGerenciais?”,segun-
doaqual,de25ferramentasdegestãomais
usadasnomundo
“osexecutivosbrasilei-
rosestariamusando11,8ferramentascon-
traamédiamundial de13,3”.
“Talpreocupação
pelasobrevivência
podeserexplicada
emnossa
economiapelas
elevadastaxasde
juroscobradas
pelosistema
financeiropara
captaçãode
recursos.”
Notasbibliográficas
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