Maio_1998 - page 65

- emmaioria - de cidadãos adultos e que,
na maioria dos casos, sejam eles próprios
que decidem quais os produtos
educacionais que desejam adquirir.
Apenas uma pequena parte não pagapelo
que escolhe, ficando essa função por
conta das famílias - de novo - ou de
instituições eempresas, numnúmeromais
restrito de casos.
Temos, assim - como resultado
dessa rápida análise - que o nosso
univer o de consumjdores que decidem
adquirir nossos produtos e serviços (ou
influenciam nadecisão)é constituídopor:
.Chefesde famHia,
Revista da ESPM
-
Maio/Junho de 1998
e, até, muita vezes, desapareçame sejam
substituídas por outros. Isso é grave.
Poi faz com que estejamos, realmente.
tentando, hoje, preparar os nossos
jovens para o amanhã, com idéias de
ontem. Literalmente!
A liberdade é maior na área do
chamado ensino informal ou nos cursos
de extensão e especialização. Muitas
escolas - inclusive a nossa ESPM - têm
tido sucesso com a criação de cursos de
pós-graduação
/ato-sensu
e nos cursosde
formação continuada para profissionais e
executivos.
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Distribuição e vendas
Essas são áreas em que muita
coisa ainda pode ser feita, em termos
de estratégia de marketing, para as
escolas particulares. Quando - em
especial
n~
Rio e emSão Paulo - sofro
os monumentais congestionamentos
provocados pela estrada e saída dos
a lunos em frente a escolas, muitas
vezes construídas há um século nos
locais em que se encontram, não posso
de ixar de refletir sobre a sua
com filhos em idade
escolar
.Jovens,namaioria
adolescentes
.Pessoas físicasem
geraVadultos de todas as
idades
Um manual norte-americano para definir estratégias de
marketing lista mais de 30 itens que devem ser
considerados na determinação do preço de um produto ou
serviço.
. Pessoas jurídicas de vários tipos.
O
''produto" escolar
Emboracaibaumadistinção inicial
entre o ensino "formal" e o "informal". a
verdade é que, em nosso país, no âmbito
do primeiro, a fom1atação tem sido por
razões históricas e culturais, ferreamente
centralizada nas instituições oficiais. em
especial no MEC. Isso não seria,
neces ariamenteum
mal.
sehouvessemais
eficiência nanossaadministraçãopúbbca.
Mas mesmo concedendo qualidades de
competência c até de boa-vontade aos
membrosdoCNE,o tempoquehojemedeia
entreacriaçãodeumcunículoescolareasua
efetivaaplicaçãopodeestender-sepor6anos
oumais.Muitasvezessãopelomenos2anos
para os trâmites legais de solitação de
aberturadeumnovocursosuperiore,quando
a solicitação não for negada ou exigências
atrasaremaindamaisoprocesso,mai 4anos
paraque cheguemaomercadoosprimeiros
aluno formadosporaquelaementa inicialde
matérias.
Nós sabemos, entretanto, que- no
mundo atual - seis anos é tempo até mais
do que suficiente paraque surjam novas
profissões, ou se alterem drasticamente
Incomoda, contudo, a denomina–
çãode"cursos livres"utilizadapeloórgão
fiscalizador, que equipara sem qualquer
cerimônia um projetodamaiorseriedade,
englobando450horas-aula, nlirustradopor
uma instituição conceituada, com cursos
de corte-e-costura, culinária, musculação
ou idiomas.
Preços
Ao longo de tantos anos de
convivênciacoma inflamaçãoe/ouo rígido
controle - em especial dos cursos
autorizados pelo poder público, não é de
estranhar qua as instituições - e não são
só as escolas - fiquem pouco
à
vontade
para desenvolver estratégicas de preço.
Vale, portanto, uma releirura do assunto,
em especial sob o enfoquedequepreços,
nos mercados modernos, são muito mais
indicadores de valor do que o resultado
de fórmulas matemáticas como custo
+
lucro=preço, oumesmoque sejao ponto
deequilíbrioentreascurvasdaofertaeda
procura.Ummanualnorte-americanopara
definir estratégiasdemarketing listamais
de 30 itens que devem ser considerados
na determinação do preço de um produto
ou serviço.
inadequação. Embora esse seja um
problema de urbanismo - coisa para
especialis tas - e le aponta para a
necessidade de as instituições de
ensino repensarem a questão do
acesso/disponibi lidade dos seu
seviços, por exemplo, através da
descentralização de seus campi, ou. até
mesmo, do estabelecimento de
franquias.
Mas háoutros caminhos. um país
dedimensõescontinentais- econsiderando
o tremendodesenvolvimentoverificadonos
setores de mala direta e das vendas por
reembolso - os poucos cursos profissio–
nalizantes por con-cspondência existentes
ainda representam uma gota d'água num
potencialoceanodedemanda.Aqw, tan1bém,
a rigidez e o centralismo que são
característicasdoensino fonnal representam
empecilhosaserremovidos.
O bom senso sugereque é bemmais
econômico-epodesermaiseficiente- formar
alguém numa pequena cidade do interior a
partirdeS. Paulo, Rio,oudeoutrascapitais
do que tentar montar por lá uma infra–
estrutura universitária...
'E
convém não
esquecer o crescimentovertiginosoda rede
www-
chan1ada,no
Bra~il
deTntemet-e
todas
as oportunidades
1
(emuitos problemas) que
traz consigo.
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