Maio_2002 - page 64

Revista daESPM –Maio/Junho de 2002
70
Essemodelovem tendoumacrescen-
te utilização pelos competidores do se-
tor.As ferramentas de simulação eletrô-
nica dos ambientes empresariais para
elevar a eficiência do aprendizado, co-
nhecida como
business game
, vem-se
tornando cada vez mais popular,
ensejandoum crescentemercadodede-
senvolvimento de jogos simulados.
Outrasferramentas,comoavideocon-
ferência,vêmcrescendoemsuautilização
nomercado.Ambos os instrumentos re-
presentam o crescente uso das
tecnologias de informação e comunica-
ção como ferramentas de apoio ao pro-
cessodeensino-aprendizagem, reforçan-
do o conceito de Universidade
TecnológicaVirtual com o primeiro es-
tágio do processo de transformação.
No Brasil, a FINEP – Financiadora
deEstudos eProjetos –, órgãode finan-
ciamentodoGovernoFederal, vem rea-
lizando trabalhos no sentido de apoiar
experiências de criaçãode umaUniver-
sidadeTecnológicaVirtual, tais como o
Programa de Desenvolvimento das En-
genharias–PRODENGE–,quecontem-
pla o subprograma de Reengenharia do
EnsinodaEngenharia–REENGE–,que
consiste no uso de Internet e
Teleconferência, abrangendo escolas de
engenharia com 94 pontos de recepção
queconstitui achamadaRedeBrasileira
deEngenharia –RBE.
Nas universidades brasileiras, já
existem iniciativas de cursos de gradu-
ação a distância (Pará, Ceará, Paraná e
Santa Catarina). Na pós-graduação, já
existemmaisde90 instituiçõesqueofe-
recem esses cursos.
Na iniciativaprivada, cadavezmais
as empresas vêm utilizando estamoda-
lidade para treinamento de seu corpo
funcional.
As principais características desse
novomodelo de negócio são:
Produtos: até abril de 2001 (fon-
te:Abed)
7
, cerca de 2.500 cursos estão
sendo oferecidos pelas instituições de
ensino a distancia;
Principaisáreas: Informática,Ges-
tão, Educação, Saúde,RH,Marketinge
Finanças;
Nichomaispromissor: treinamen-
to corporativo;
Perfil do cliente:
B2C=cliente final –pessoas físicas
B22BouB2G= cliente corporativo
– corporações, associações de classe e
instituições públicas
E quais são as vantagens competiti-
vas para esse setor? Um aprendizado
contínuoesobdemanda, fácilacessoaos
conteúdos, interatividadequepermite a
construção coletiva e colaborativa dos
conhecimentos, rapidez na atualização
dos conteúdos, acompanhando a velo-
cidade dasmudanças nomercado e um
forte uso de tecnologia e inovação.
“Nomundoatual,a
competiçãopelo
conhecimentocomo
fontedegeraçãode
riquezatem
desafiadoasescolas
tradicionaisa
expandirseus
conceitos.”
4.2
E-learning
Paraondecaminhaonegóciodepós-
graduação? A despeito das diferentes
opiniões entre representantesdeescolas
nacionaiseestrangeiras,parececlaroque
as ferramentas de
e-learning
farão cada
vezmais parte desta resposta.
Vários autores definem o
e-
learning
como um sistema integrado
de ensino/aprendizado que utiliza re-
cursos tecnológicos para a difusão do
conhecimento sem os tradicionais
limitadores de tempo e distância. De-
finição com aqual concordamos e ado-
tamos para este trabalho.
5.
E-business
eas
estratégiasna
educação
Umdos principais aspectos douso
do
e-business
na educação é o impac-
to causado nas estratégias das esco-
las. As estratégias competitivas clas-
sificadas por Michael Porter (1986)
8
são utilizadas pelas escolas e serão
impactadas pelo uso do
e-business
,
tais como:
Liderança em custo: as escolas
de volume buscam posições competi-
tivas vantajosas que podem ser
realçadas pelo
e-business
e suas apli-
cações em ganhos de escala, otimi-
zação de processos, curvas de apren-
dizagem etc;
Diferenciação: outras escolas
visam a obtenção de vantagens com-
petitivas através da qualidade, ima-
gem de excelência e outros aspectos
que podem ser realçados pelo
e-
business
;
Foco: as estratégias de foco po-
dem ser reforçadas pelo uso do
e-
business
na interação entre a escola e
os alunos, pelo reforço nas pesquisas
especializadas etc;
Se, por um lado, o
e-business
é capaz
de reforçar o posicionamento estratégico
das escolas, fortalecendo suas vantagens
competitivas, por outro lado impõem ris-
cos, dentreosquais:
Obsolescência tecnológica,quepo-
deráprejudicarasestratégiasde liderança
emcusto, faceaosavançosnaautomação,
e de diferenciação, caso as escolas não
consigam manter-se na vanguarda
tecnológicaparaopúblico-alvo;
Novos entrantes, provenientes de
outros setores, como universidades
corporativas, consultorias, etc.;
Redução na importância dos certi-
ficados como diferenciais competitivos
paraos alunos;
Ampliação da competição global
etc.
1...,54,55,56,57,58,59,60,61,62,63 65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,...129
Powered by FlippingBook