Um papo sério sobre
Criatividade
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R E V I S T A D A E S PM –
M A I O
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J U N H O
D E
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A inovação de sucesso depende
também de outros fatores e pode
se originar de idéias criativas
geradas fora da organização
(como tecnologia, por exemplo).”
esses encontros, pergunto para os
participantes qual a diferença entre
criatividade e inovação e conto nas
mãosasvezesquerecebiumaresposta
que está de acordo com as definições
corretas,demonstrandoas relaçõesde
causa e efeito dos dois assuntos...
“Criatividade é a produção de
idéias novas e úteis em qualquer
área de atuação
(...) Inovação
é a
implementação de uma idéia
dentro de uma organização com
sucesso. Dessa forma, criatividade
individualedogruposãopontosde
partida para a inovação; são
condições necessárias, mas não
suficientes.
Ementrevistaao jornal
TheBusiness
Time
1
, Arnold Wasserman, presi-
denteda
IdeaFactory
,umadasmaio-
res empresas de consultoria do
mundo na área de criatividade e
inovação, adverte que:
“as pessoas normalmente utilizam
os termos
inovação
e
criatividade
como se fossem a mesma pala-
vra
(...)
é muito clara a ligação
e a distinção entre os termos.
Criatividade é o processo de
geração das grandes idéias
(...)
Inovação, contudo, é ‘criati-
vidade implementada’, é pegar as
idéias criativas que podem ser
implementadas e trazê-las para
o mercado.”
No ambiente empresarial, o pro-
duto final de que se necessita é
a
inovação
, que poderá ser al-
cançada com a utilização da
ca-
pacidade criativa
de seus funcio-
nários e seus colaboradores. De
acordo comWhite (2002), quando
o objetivo da empresa é inovação,
o recursomais precioso émesmo a
criatividade.
De qualquer maneira, a capa-
cidade de ser criativo e inovar
pode ser considerada, no valor da
ação da empresa (Jonash &
Sommerlatte, 1999).Mais do que
superexecutivos e a capacidade
de empreender fusões e aqui-
sições, os investidores reconhe-
cem e recompensam a capa-
cidade inovadora da empresa,
pagando ágio pela capacidade
de inovar e ser criativo, o cha-
mado
inovation premium
. Ana-
listas que atuam no mercado de
ações de
Wall Street
têm um
É fundamental que se entenda,
adequadamente, não só cada um
deles, mas, principalmente, a
forma como se correlacionam.
Amabile (1996b:1) procura
defini-los de maneira clara. Ela
afirma: