Conrado
Schlochauer
29
M A I O
/
J U N H O
D E
2 0 0 6 – R E V I S T A D A E S PM
comportamento bastante obje-
tivo no que diz respeito à avali-
ação da capacidade inovadora
da empresa. Uma pesquisa
realizada pela empresa de
consultoria
Arthur D. Little
(Jonash & Sommerlatte, p. xii),
revelou que:
5
95%DOSANALISTASDIZEMQUE
PAGAMMAISPORAÇÕESDE
EMPRESASMAIS INOVADORASE
CRIATIVAS;
5
MAISDE90%DISSERAMQUEA
IMPORTÂNCIADA INOVAÇÃOTEM
CRESCIDOSOBREMANEIRANOS
ÚLTIMOS10ANOS;
5
MAISDE70%CONSIDERARAMA
CAPACIDADEDE INOVARCOMOO
PRINCIPAL INDICADORPARAO
ESTABELECIMENTODOVALORDA
EMPRESA.
A PESQUISADA
CRIATIVIDADE
Antes de 1950, a criatividade foi
muito pouco pesquisada acade-
micamente. Entre os cientistas
sociais que se preocuparam com o
tema, Becker (1999), analisou os
principais estudos realizados ao
longodo séculoXIXeconstatouque
os cientistas discutiam, basicamen-
te, as mesmas questões de hoje.
Vale ressaltar o trabalho de Galton
(1869
apud
Albert &Runco, 1999),
iniciado, principalmente, após seu
contatocomDarwine seusestudos.
Pesquisando as diferenças indivi-
duais eaeugenia,Galtondesenvol-
veu, em 1879, o primeiro labora-
tóriocapazdeestudar as diferenças
individuais no funcionamento
sensorial. Em 1883, o cientista
concluiu que produtos criativos
advinham, principalmente, de
habilidades gerais, fundamentais
para a personalidade do gênio.
De forma geral, contudo, até o
início do século XX, pouco foi dis-
cutido, academicamente, sobre o
poderdecriarquepossui ohomem.
Na segunda metade desse século,
um grupo de psicólogos e admi-
nistradores começou a discutir
formasde seestudar ecompreender
a criatividade, considerando desde
sua influência no homem até as
formas de incentivar e desenvolver
potenciais criativos no indivíduo,
nas organizações e mesmo em
Galtondesenvolveu,em
1879, o primeiro labora-
tório capaz de estudar as
diferenças individuaisno
funcionamentosensorial.
Em1883, ocientista
concluiuqueprodutos
criativosadvinham
principalmentede
habilidadesgerais,
fundamentais para a
personalidadedogênio.
)
¯