maio
/
junho
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
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tuaçõesdiferentesemcadacidade,lidandoàsvezes
comhoráriosdiferentes–comoohoráriodeVerão,
queemSãoPaulotemenoNordestenão–,acultura
daempresa, as ferramentasdemarketing, tudoé
feitoaqui.Inclusive,hoje,editamosumarevistacom
tiragemde35milexemplaresemformatoimpresso
etambémnoformatoeletrônico,quevaiparacerca
de1,3milhãodepessoas,quepedemparareceber
apublicação, gratuitamente. Issoémaisdoquea
Veja
.Narealidadeéumarevistaderelacionamento,
nãoéumarevistadevendas.Agora,começamosa
atender pedidos. Ela é distribuída gratuitamente
enão temos recursosparaa suapostagem, então
hoje vendemos a assinaturapor R$49,00 sópara
pagaromanuseiodepostagem, faztrêsmesesque
começamosesseprojetoevaimuitobem,mesmo
semnenhumesforçodevenda.Sevocêquer rece-
berarevista impressa,vemna livrariabuscarouse
moraemoutracidaderecebepelocorreioouentão
eletronicamente.
GRACIOSO
–Lembrodeumaentrevistaque
vocêdeuaumprogramaderádioháunsseis
anose,naqueletempo,vocêsestavamcome-
çando a trabalhar com o varejo eletrônico
querepresentava,naocasião,umapequena
parcelada venda total. Hoje é diferente, é
importanteparavocê?
PEDRO
–Representa18%do faturamento.
GRACIOSO
–Nãoédesedesprezar.
PEDRO
–Não.Éanossasegunda lojaeo interes-
santeéquecresceofísicoeovirtual.Sevamos,por
exemplo, paraCampinas, onde temos uma filial,
a regiãodeCampinas crescena internet. Tenhoa
impressãoqueoconsumidorsesenteapoiadopor
estarmospróximos.Nodia9de junhoabriremos
umaunidade emFortaleza e é interessantenotar
como as encomendas pela internet também irão
crescernessaregião.
GRACIOSO
–Algumas empresas quehoje
têmmuitavendapela internet,dizemque
o meio permite atingir segmentos dife-
rentesdomercadoque,normalmente,não
iriamà loja física.Noseucaso, nãosei se
isso seriaverdade.
PEDRO
–Não,porquenãoseparamosofísicodo
virtual,nãotemosdepósito,somosum
showroom
daseditorasenãoumdepósitodeeditores.Eunão
estoco,eumovimentonossamercadoria,transfiro
dePortoAlegreparaRecifeevice-versa,masnão
temosumdepósito.Temossim,quandoumtítulo
comporta certa quantidade e movimentamos
nossos estoques quando necessário, por isso
que todos os envolvidos em vendas têm acesso
ao estoque, enxergam tudo sobre determinado
produtoequantotememcadaunidade.Comisso,
bastaelesolicitaroqueestáprecisandoqueacoisa
semovimenta. Émais barato fazer isso do que
manter umdepósito, queno fundoacaba tendo
umcustoelevadoe tiraumpoucodaagilidade.
GRACIOSO
– Seria possível estimar o
percentual domercado livreiro que hoje
correspondeàsencomendas feitasdireta-
menteaoexteriorpela internet?
PEDRO
–Nãodápara saber porque, quando al-
guémprecisadeum livroamericanoquenósnão
temos,preciso importá-loeseapessoatempressa,
elavai comprá-lonomercadoamericanopela in-
ternet,nãoháformadecontrolar isso,masquando
existedisponibilidadeaqui,nãotemnemdiscussão.
O inversoacontece– imagineobrasileiroquequer
um livroemportuguês.Elenãovai achá-lonuma
livrariaamericanaeoprocessoéomesmo, sóque
nãoéumacompradeumapessoa física.Quando
compronoexterior tenho todooprocedimentode
importaçãodeumaempresa–amercadoriachega,
passapelaalfândega,todoaqueletrâmite.Enquanto
umlivrodeconsumidorparaconsumidorvaidireto.
GRACIOSO
–Eo livro eletrônico é anova
ameaça?
PEDRO
–Nãoéameaça,nós jáestamosvenden-
do, temos130mil títulosàvenda.
GRACIOSO
–Em inglês, claro.
PEDRO
– Não, há vários em português. Não
vendemos o hardware, vendemos o conteúdo.
Temos todosose-readersaqui.
GRACIOSO
– Você acha que o livro ele-
trônico vai competir seriamente com o
livro impresso?
P e d r o H e r t z