Setembro_2002 - page 97

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Revista daESPM – Setembro/Outubro de 2002
“Oconsumidor
quersertratado
comocidadãoe
nãoapenascomo
consumidor.”
nesse tipodeassunto, interessa, re-
almente,os famosos “formadoresde
opinião”;enãosão intelectuais.Aque-
la dona-de-casa que se organiza,
comasamigasdela; têmessa função
na sociedade e acabam sabendo.
Nãoénossoobjetivo levaraos100%,
mas que os formadores de opinião
saibam e que, principalmente, os
publicitários saibam que o CONAR
está lá, vigiando.
FG –
Na verdade, Rafael, se tivés-
semosqueescolherumporta-vozda
profissão,para falaremnossonome
atravésdecampanhas,maisdoque
o CONAR – por meritório que seja
seu programa – deveria ser o Con-
selho Nacional de Propaganda, do
qual oHiranéopresidente. OCon-
selho foi criado para isso.
JR–
E tambémnãodeveser conhe-
cido nem por um 1% da população.
Rafael –
Estávamos falandopor te-
lepatia porque é exatamente o que
eu ia dizer. Acho que o Conselho
devia ser resgatado, e temos duas
entidades que deveríamos colocar
nanossa linhade frente: oconselho
eaABP.EntidadescomoABA,ABAP
sãoentidadesdemercadoenão tem
sentidodar-lhesmuitaexposição.As
duas entidades que devem apare-
cer são aABP e oCNP. AABP tem
feito um esforço interessante, mas
poderia ser expandido. Temos o
CONAR, queénossa referênciaéti-
ca; temos o CENP que também é
umacoisa internaenão interessaao
grande público. Então a ABP e o
Conselhodeveriam, cada vezmais,
ser promovidos institucionalmente,
como os nossos porta-vozes.
FG –
Então, inclua aAPP também.
Hiran –
Quando recebi a pesquisa
daEscola–nãohaviaoutra– fizum
e-mail
para algumas das pessoas
queestãoaqui eachoquevocê tem
toda razão, Rafael. OConselho, ao
invésdecolocar sempreacausaem
primeiro plano – como fazemos
comaparceriacontraasdrogas,com
o UNICEF etc. – precisa também
mostrar tudoqueoConselho já fez,
porque é a indústria da propagan-
da, em termos de colaboração co-
munitária. Eu estou cuidando disso
edandoamãoàpalmatóriaporque,
há anos, oRafael me fala isso e eu
digo que o Conselho tem que ficar
escondido e as campanhas apare-
cerem. Mas vamosmudar isso.
JR–
Achoaquediscussão foi ricae
poderíamos chegar às conclusões.
Sobreas propostas em relaçãoaos
objetivos de divulgação que devem
ter os profissionais de marketing e
propaganda, talvez ficassemaiscla-
roseestabelecêssemosumadistin-
ção sobre (1) o esforço de comuni-
cação que deveria ser feito para a
sociedade em geral e (2) o esforço
dirigidoaos líderesdeopiniãoque–
como foi dito – alguns são nossos
amigos, outros inimigosemuitos in-
diferentes ou ignorantes acerca de
nossasatividades.Umoutroassun-
to para o encerramento é algo que
foi dito commuita propriedade pelo
Roberto Civita, na entrevista que o
Gracioso e eu fizemos e que tam-
bémsairánessenúmero.Eledizque
aconcorrênciageraomarketingque
gera a propaganda que financia os
veículosparaquepossam ser inde-
pendentes–eesseprocessoé fun-
damental para a democracia. Será
que seríamos capazes de comuni-
car isso à sociedade brasileira?
Rafael –
Como, não sei, mas que
devemos, devemos. Temos que fa-
zer com que marketing, propagan-
da, comunicaçãoemgeral sejamsi-
nônimos de livre iniciativa, de
democracia, progresso, responsabi-
lidade social.
JR–
Nessa campanhaeleitoral, es-
tão todos defendendo democracia,
progresso, emprego, segurança.
Não conheço um só candidato que
esteja defendendo a livre empresa.
Rafael –
Mas a livre empresa é a
garantia de que isso será possível.
Issoéque temosquepassar.A livre
empresa é o fundamento da demo-
cracia, da responsabilidade social,
daconcorrência,damelhoria,da jus-
tiçasocial.Euacreditonisso.Eacre-
dito que a melhor ferramenta para
que existam a livre empresa e a li-
vre concorrência é a comunicação.
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