Setembro_2002 - page 89

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Revista daESPM – Setembro/Outubro de 2002
apenas o CONAR, mas, também,
qualquer outro órgão regulador das
nossas profissões – tanto a
mercadológicaquantoapublicitária.
Ednei –
Nãomepreocupaessapro-
vocaçãodoPiratininga.Euachoque,
além do problema reputação e ima-
gem– como foi bemobservadopelo
Hiran–, ograndeproblema,mesmo,
éque, noBrasil, o importanteéoque
énotório.Senão temnotoriedade,de
nada vale. E foi o publicitário que
adquiriu notoriedade, no Brasil. Ele
temvisibilidade,éreconhecidonarua,
freqüenta colunas, sua atividade é
comentada. Para fazer jusa isso, ele
trabalhou, estudou, pesquisou, criou
coisas de valor e aprendeu que, de
fato, não mudou nada na vida dele,
nem no mundo em que vive. O que
ele conseguiu?Vendermais cerveja,
mais automóvel. Melhorou a vida do
país? Provavelmente, não.Então,
trata-se de um profissional com
consciência política e profissional e
percebeque tudooque fazéprestar
serviços para os negócios, para as
empresas.Por isso,aautocríticamuito
grandedoprofissionaldepropaganda
edoprofissionaldemarketing.Esses
resultados das pesquisas, no meu
entender, também refletem isso, o
queépreocupante,dopontodevista
de realização profissional, de satis-
façãoconsigomesmo.Sese fizesse
umapesquisaa respeitoda imagem
dos religiososeda religiãonoBrasil,
acho que os resultados seriam ain-
damais graves. Se se fizesse uma
pesquisa, sobre as forças armadas
e os militares brasileiros, provavel-
mente a pesquisa traria resultados
piores do que esse.
JR –
Em que sentido?
Ednei –
Decrítica.OProf.Gracioso,
por exemplo, considerapontonega-
“Opobre tem
menosvezdoque
onegro,menosvez
doqueamulher
porqueéassim
quevivemos.”
1...,79,80,81,82,83,84,85,86,87,88 90,91,92,93,94,95,96,97,98,99,...120
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