Revista da ESPM SET_OUT 2012 Planejamento Estratégico - page 84

internacionalização
RevistadaESPM
|setembro/outubrode2012
84
Desdeadécadade1990,comaaberturacomercialdu-
ranteogovernoCollor,ocenáriocomeçouamudar.Opaís
seviuexpostoaocomércio internacional, enfrentando
umpositivo–eperigoso–choquedemodernizaçãoecom-
petitividade.Naépoca,muitasempresasnãoaguentaram
acompetiçãodosprodutosvindosdoexterior,produtos
essesqueapresentavamqualidadeepreçomelhores.Por
outro lado,asempresasquesobreviveramencontraram
novasformasdecompetir,valendo-sedasmaisvariadas
estratégias,comobarateamento,melhoradaqualidade,
desenvolvimento de especificidades e formação de ni-
chosdemercado.
A sobrevivência nomercado nacional, entãomais
competitivo,permitiuàsempresasnacionaisumganho
emcompetitividadequeasqualificouparaalçaremnovos
voos,agoranomercadomundial.Essemovimentoainda
émuito recenteedevemos tomar cuidado, poisnãosão
todas as empresas que estãoqualificadas para isso. Se,
por um lado, a internacionalização começa a aparecer
como uma possível estratégia, por outro a cultura da
internacionalizaçãoaindaémuito frágil.
É importantecuidarparaquea “moda”dese interna-
cionalizarnãomascareanecessidadedesepreparar.O
aumentona velocidade da internacionalização da eco-
nomiabrasileiranosúltimosanoséatribuído,principal-
mente,àscorporaçõesquejáestãoenvolvidashádécadas
nessemovimento.Nãosedeveconfundiroaumentodo
volumedeexportaçõescomoaumentodacapacidadede
internacionalizaçãodascorporaçõesbrasileiras.
Para se internacionalizar, uma corporaçãonão deve
depender apenas de uma vontade. Há duas condições
primordiais para que ela possa começar a pensar de
forma séria e profissional em sua internacionalização:
a primeira é ter uma organização interna capacitada
e voltada à internacionalização; e a segunda, realizar
um planejamento estratégico capaz de promover a or-
ganização comaaplicaçãodos recursosdaempresana
consecuçãodeseusobjetivos.
Isso é fundamental namedida em que omundo cor-
porativobrasileiro, emuma parcela importante de sua
totalidade,éformadoporcorporaçõestransnacionaisde
capitalestrangeiro.Nósnosacostumamosaserumaterra
defiliaise,agora,temosdenostransformaremumaterra
dematrizes.Talmudançadepercepçãoeposicionamen-
to éparticularmente importante em termos de cultura
empresarial. Énesse sentidoqueacorporaçãodeve ser
capazdeseorganizar internamente,capacitandopesso-
as,criandodepartamentosespecializadosedisponibili-
zandorecursosparaqueomercado internacionalpossa
serpercebido, testadoeconquistado.
Tipoexportação
Noqueserefereàdimensãointernadacorporação,éimpor-
tanteconsiderar algumasdimensões, comoocomprome-
timentodosdirigentes. É importantequeosdirigentesde
umacorporaçãoestejamalinhadosànecessidadeeurgência
da internacionalização. A concentração dos esforços de
internacionalização em apenasumadiretoriapode gerar
odesperdíciode recursos, senãoaneutralizaçãodeles, em
facedascompetições internas.Produção,novosnegóciose
marketingdevemestar integrados,aindaquenãonecessa-
riamentetodosdevamseconcentrarnainternacionalização.
Produçãoeadaptabilidade tambémdevemseravalia-
das,poisparasevendernomercado internacionalé im-
portantequeaempresaconsidere,antesdemaisnada,as
suas limitaçõesprodutivas. Issonãosignificaque todas
ascorporaçõesdevemsercapazesdefabricarprodutosde
ponta.Existemmercadoscomvariadosníveisdedeman-
da.Masé importantequeavontadedebuscaromercado
internacional não seja apenas pela queda das vendas
nacionais. Omercado internacional não é acessado de
formarápida,exigindoesforçoshumanosemateriais,de
formaquedeveserumaescolhaconscienteenãoa falta
dealternativasdentrodomercadodoméstico.
Asobrevivêncianomercado
nacional,entãomaiscompetitivo,
permitiuàsempresasnacionais
umganhoemcompetitividadeque
asqualificouparaalçaremnovos
voos,agoranomercadomundial
É importantecuidarparaquea”moda”
dese internacionalizarnãomascare
anecessidadedesepreparar
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