Indústriaautomobilística
RevistadaESPM
|setembro/outubrode2012
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“Descentralizaçãoparcial”nateoriadasorganizaçõesrefe-
re-seàdescentralizaçãocomdivisãoderesponsabilidades.
Otermooriginou-senaorganizaçãododepartamento
decompraspara redede lojasecontrapõe-seàcentrali-
zaçãodeumaatividade –naqual todosos aspectos são
realizadosumaúnicavez,emumsó local–eàdescentra-
lização total,onde todosospontosdeumaatividadesão
desenvolvidosmúltiplas vezes, emmúltiplos locais. Na
descentralizaçãoparcialháuma inteligentedivisãodas
diversasatividadesquecompõemuma tarefa,oqueoti-
mizaa relaçãoentrecustomizaçãoecustodaoperação.
Oscustosdedesenvolvimentodeumnovomodelosobre
umaplataformajáexistentegiramemtornodeUS$400mi-
lhõesaUS$500milhões.Jáodesenvolvimentodeumanova
plataformapodechegaraUS$1bilhão.Osganhosdeescala
da indústria, alémdeenfrentaraconcorrência,devempa-
garessedesenvolvimento.Acontadepadeirodaindústriaé
dequesãonecessáriosquatromilhõesdeveículosvendidos
parapagarodesenvolvimentodeumaplataforma.Issoequi-
valeatodavendadeveículosdepasseiodetodasasmarcas
juntas previstas para oBrasil em2012. Logo, a indústria
hojetemdeserglobal.Esserequisitonãoémaisumaopção.
Para coadunar as necessidades locais com a necessi-
dade de escala, asmontadoras estabeleceram centros
de engenharia em países-chave, commercados locais
robustos o suficiente para sustentar subsidiárias com
departamentos de engenharia e design cujo
head count
podevariar de300a1.500engenheirose técnicos,mais
instalaçõesdedesenhoe laboratóriosde testes.
Cadacentrodeengenharia (osnomesvariamdemonta-
doraparamontadora)temumaduplafunção,sendorespon-
sávelpelodesenvolvimentodeprodutosparaumconjunto
demercadosdecaracterísticassimilares,esendoocentro
mundialparaapesquisaeodesenvolvimentodedetermi-
nadasespecialidadesdeutilidadeglobal.
De acordo como engenheirobrasileiroPedroManu-
chakian,nomeconhecidoerespeitadona indústriaauto-
mobilísticamundial,omapadaengenhariamundialda
GeneralMotors tem, basicamente: ocentrodaAmérica
doNorteparaatenderAméricadoNorte;ocentrodoBra-
silcriadoparaprestarserviçoaosmercadosdaAmérica
doSul;ocentrodaCoreiadoSul,queatendeÁsia,África,
OrienteMédioeAustrália; eocentrodaAlemanha,que
trabalha para atender a Europa. Lembrando que aGM
tem subsidiárias em cerca de 60 países. Em termos de
especialidade, o centro brasileiro é responsável pelo
desenvolvimentodeutilitáriospequenosemédios.
Já a Ford tem oito centros, segundoMárcioAlfonso,
que trabalha na área de engenharia damontadora. Os
CentrosdeDesenvolvimentopodematuaroracomo líde-
resdeprojetooucomogrupodeapoio,oumesmoexercer
osdoispapéis.AFordAméricadoSul (que ficanoBrasil)
lideraoprojetodonovoEcoSportetemosuportedasou-
trasengenhariasglobais.NocasodanovaRanger,aFord
Austráliatevea liderançadoprojetoeaFordAméricado
Sul ofereceu o suporte para o desenvolvimento. Além
deBrasil eAustrália, aFord temhojecentrosnaChina,
naEuropa,México, Turquia e Índia (alémdo centroda
matriz, emMichigan).
Odiretor de planejamento e estratégia de produtoda
Fiat-Chrysler, Carlos EugenioDutra, afirma que a com-
panhia possui centros na Itália, Brasil, EstadosUnidos
e China. Nos Estados Unidos, o centro de engenharia
é referência em veículos elétricos, enquanto o centro
italiano atua na pesquisa demotopropulsores, novos
materiais,multimídiaetelemática.Eocentrobrasileiroé
responsávelpelodesenvolvimentoparaaAméricaLatina,
alémde fornecer suporte ao centro italiano e responder
Oscustosdedesenvolvimentodeum
novomodelosobreumaplataforma
jáexistentegiramemtornode
US$400milhõesaUS$500milhões.
Jáodesenvolvimentodeumanova
plataformapodechegaraUS$1
bilhão.Osganhosdeescala,além
deenfrentaraconcorrência,devem
pagaressedesenvolvimento
A indústriaautomobilísticaépassível
deganhosdeescala. Issosignifica
quenãoapenasa lucratividade
daempresa,mastambéma
competitividadedeseuspreçosperante
aconcorrência,dependedevolume
deproduçãoparasuaviabilidade